Introdução
O arquétipo de Karma Sett, depois dos nerfs, ficou em um estado muito neutro no meta, e, desde que a Moeda tem velocidade focada, essa lista não consegue passar dos 50% de taxa de vitória na fila ranqueada. Nos torneios, ela não é mais uma das opções mais queridas pelos jogadores de Controle.
Porém, uma versão nova e repensada desse arquétipo está começando a se popularizar entre a comunidade, e pode ser uma das melhores alternativas para responder o meta: estamos falando de Seraphine Sett Karma!
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Seraphine Sett Karma - Reinventando um Arquétipo
A Seraphine sempre foi uma das campeãs preferidas da comunidade, e, sempre que possível, os jogadores competitivos tentam ao máximo fazê-la funcionar.
Acontece que, competitivamente, o feitiço aleatório que ela gera nas mãos quando invocada é o suficiente para desconcertar qualquer estratégia e fazer com que o seu adversário se perca muito no processo de jogar em torno de cartas na sua mão.
Esse é um dos motivos pelo qual a lista de Samira e Seraphine, no formato Eterno, é um dos melhores decks de todos os tempos do Runeterra.
Agora, no Padrão, finalmente podemos abusar das mecânicas dessa campeã, pareando ela com as unidades e feitiços de suporte de Ionia, e fazendo uma carta muito querida pelos jogadores competitivos, poder ser jogada novamente em alto nível: O Gatástrofe.
Esse deck emergente está conquistando a fila ranqueada principalmente pelas suas matchups contra listas fortes do meta. Em geral, decks de Controle como Nasus Criptas, Heimerdinger e Jayce e outras estratégias lentas não conseguem segurar a quantidade de valor que o deck de Seraphine propõe no final do jogo.
Outra matchup ótima que popularizou esse deck é contra Vayne Aatrox, possivelmente o mais popular do formato. Ionia é uma das regiões melhores equipadas para lidar contra estratégias Midrange, e, como o meta está recheado desse tipo de decks, pode ter certeza que Seraphine Sett Karma é uma estratégia segura para o competitivo.
A Seraphine nos permite que o arquétipo de Ionia do Sett consiga jogar de maneira um pouco mais dinâmica, permitindo que a lista seja um pouco mais pró-ativa e que não dependa tanto assim dos campeões para finalizar as partidas.
Piltover & Zaun é possivelmente a melhor região do meta, e, como se trata de um deck que se beneficia muito de jogar cartas novas, essa é a melhor região para fazer isso. Muitas cartas de Piltover & Zaun são autossuficientes, ou tutoram outras cartas, ou geram algum tipo de valor.
Estratégia Principal
Esse deck possui muitas condições de vitória diferentes, então vamos por partes.
A primeira é atacar com o seu Gatástrofe, uma unidade 30/30 com Sobrepujar. Para isso, você deve jogar 20 cartas de nomes diferentes, e comprar ou tutorar um Buscando a Purrrfeição. Essa estratégia é mais fácil do que parece, pois o Bar do Beco é um monumento que te desconta mana de cartas novas na sua mão, fazendo com que muita coisa do seu deck custe 1 ou até 0 pontos de mana. Dessa maneira, você facilmente terá turnos onde você jogará muitas cartas, acelerando os pré-requisitos da sua Buscando a Purrrfeição.
Essa é a grande diferença que o arquétipo tem da sua versão clássica, pois nela, o deck é muito mais dependente de você ter nas mãos os campeões, Moeda e compras de cartas no turno 10. Com as cartas de Piltover & Zaun e cartas de suporte da Seraphine, o deck não precisa ganhar a partida necessariamente esgotando os recursos ofensivos dos seus adversários. Agora você pode ser pró-ativo e atacar também com unidades grandes.
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Em segundo lugar, outra condição de vitória é o seu Sett nível 2, atacando e removendo unidades do inimigo, e também obliterando elas com o Hora do Show. Essa condição se assemelha a condição de vitória principal do deck clássico de Karma Sett. Você está basicamente esgotando os recursos do seu adversário, impedindo-o de atacar e posicionar unidades.
Você não está necessariamente ganhando o jogo por estar passando muito dano contra o Nexus do seu adversário, mas só de impedir que ele faça isso, é o suficiente para que uma hora, na partida, o pouco de dano que você passa a cada turno ganhe o jogo.
E, por último, a sua única cópia da campeã Karma funciona igual à versão clássica do arquétipo. Você pode esperar até o turno 10, e jogar em dobro todos os seus feitiços. A Karma gera recursos aleatórios todo final de turno para você também, o que comba bastante com a nossa estratégia geral.
Atenção: essa lista é muito difícil de se jogar, pois todo jogo você estará trabalhando com cartas geradas aleatoriamente, e por isso, você precisará ser um pouco criativo na forma que você aborda o jogo, e as matchups.
Esse deck conta com muitas armas e ferramentas fortes para você sair de qualquer situação adversa, e te permite vencer vários jogos os quais você em teoria não deveria ganhar. Mas, para isso, será necessário pensar um pouco fora da caixa, e manejar com cuidado os recursos gerados.
Estratégia de Mulligan
Esse deck tem a estratégia de mulligan mais complicada de todos os tempos. A única carta que você deve sempre ter na mão é a Seraphine; o resto depende muito da sua matchup.
E por isso, você precisará entender um pouco como funciona alguns deck do meta que você irá enfrentar pelo caminho. Se você estiver jogando contra uma lista de Jinx, por exemplo, é sempre bom ter feitiços de remoção barata, como Disparo Místico e Nota Aguda, e algumas unidades bloqueadoras de custo baixo, como a Chefe da Forja.
A mão perfeita contra listas agressivas deve se parecer com o seguinte:
Contra decks de Nasus e outros oponentes que se beneficiam de monumentos, Pós-Choque é uma carta que deve aparecer sempre na sua mão inicial.
A mão perfeita contra listas de combo deve se parecer com o seguinte:
Contra Midranges que possuem muitos equipamentos, Alma Indigna é um recurso valioso e deve sempre estar disponível nas suas mãos.
A mão perfeita contra listas Midrange deve se parecer com o seguinte:
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Matchups Boas
Vayne Aatrox - Historicamente, Vayne, e outros decks de Midrange têm muitos problemas para lidar com Ionia e seus feitiços de atordoamento, além de efeitos de voltar para a mão. Esses recursos, somados ao pacote extenso de cartas de remoção barata e curas, faz com que a lista de Vayne não tenha chance alguma contra esse deck.
O que é estranho, uma vez que a versão clássica desse arquétipo sempre foi bastante ruim contra Vayne. Acontece que a Seraphine, trazendo esse estilo de jogo mais pró-ativo, permite que a lista de Controle dela seja um pouco mais dinâmica e preparada para absorver a pressão de Demacia.
Nasus Criptas de Helia - O arquétipo inteiro de Nasus e Criptas sofre bastante para a consistência das remoções da lista de Seraphine.
Um fator importante é que os decks de Nasus se beneficiam muito eliminando unidades inimigas, e como a lista de Seraphine não joga muitas unidades na mesa, isso desacelera o crescimento do Nasus.
Outro fator é a presença do Pós-Choque na lista da Seraphine. Essa carta sozinha resolve o deck inteiro de Nasus, removendo a Criptas de Helia.
Heimerdinger Jayce - Como podemos ver, decks de Controle não conseguem competir contra o valor do final de jogo da lista de Seraphine, e Heimer e Jayce não é exceção.
Apesar de Jayce ser um deck muito forte, durante a partida contra Seraphine é frequente que a lista de Ionia gere bastante valor, e efetue muito mais ações durante um turno em comparação ao deck de Jayce, que gasta muito mais mana em geral. E por causa disso, é comum, em algum momento, faltar recurso para o jogador de Jayce remover uma carta-chave da mesa da Seraphine, abrindo janelas valiosas para a lista de Ionia dominar a partida.
Matchups Ruins
Jhin Norra - Carinhosamente chamado de Yasuo de Bandópolis, essa lista é ótima contra Seraphine. Os combos de finalização desse deck não necessariamente requerem que suas unidades ataquem. Por isso, esse deck não sofre contra os atordoamentos de Ionia. E ele também não sofre contra as remoções pesadas, pois Vingador Vastayês é um recurso que consegue parar muito os desenvolvimentos da lista de Seraphine.
Ele consegue desenvolver unidades usando os portais da Norra, e isso é muito forte contra estratégias de Controle em geral, pois nunca é possível se preparar contra as ameaças aleatórias de forma eficaz.
Teemo - O deck de cogumelos está voltando a aparecer no meta, e é uma das melhores alternativas para jogar contra listas de Controle. Esse deck força compras de carta e ganha partidas com o dano dos cogumelos, interações nas quais deck de Controle em geral não conseguem lidar.
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Sem contar que muitas cartas das listas de Seraphine que compram cartas morrem nas mãos dos jogadores da campeã, pois eles não querem tomar dano dos cogumelos comprando cartas. O deck de cogumelos também possui condições de vitória que não são baseadas em unidades atacando, e por isso as remoções da lista de Seraphine muitas vezes não fazem muita diferença na partida.
Jinx Kennen - Apesar de não ser muito consistente, ainda é bastante rápida e popular entre jogadores da fila ranqueada. Acontece que a velocidade que o deck da Jinx propõe para a partida é um pouco demais para a Seraphine, que, frequentemente, não terá recurso suficiente para lidar com os atacantes, e principalmente os elementos de Burn do deck de Jinx.
Como a Seraphine traz uma proposta mais pró-ativa, muito dos recursos de cura do deck clássico de Karma foram deixados de lado, e isso permite que maioria do dano causado pela Jinx seja incisivo.
Dicas Rápidas, Porém Importantes
A Seraphine, apesar de ser uma campeã que precisa estar o tempo todo presente no campo para fazer o deck rodar melhor, é uma unidade bastante dispensável e pode ser sacrificada com frequência. Muitas vezes, jogar uma segunda Seraphine em campo para gerar mais recursos é melhor do que ficar com a sua atual na mesa.
O segredo aqui é saber quando jogar o Bar do Beco: procure sempre turnos que você possui o token de ataque, e tenha mana o suficiente para pelo menos ficar seguro e não tomar um avanço de ataque aberto do seu adversário no próximo turno.
Diferente da versão clássica do deck, essa lista não abusa da mecânica da Moeda com a Karma, por isso, o uso dessa carta acaba sendo focado apenas em te garantir a vantagem em um turno qualquer, não necessariamente o turno 10.
A Karma só funciona no turno 10, mas, em algumas matchups, e, em casos muito específicos, você deve jogar ela em campo antes disso para a campeã gerar recursos para você. Caso você e o oponente estejam sem recursos nas mãos, e tudo que te resta é uma Karma, você deve jogar ela em campo.
Gaste sua mana com moderação, mas sempre pensando que você deve subir o nível do seu Sett, e para isso você precisa gastar 40+ de mana. Então, em alguns momentos será necessário gastar mais mana que o normal para acelerar essa condição de vitória.
Evite ao máximo atacar com Sett se o seu adversário não tiver bons alvos na mesa. Isso fará com que ele fique travado e não desenvolva peças importantes para o jogo dele.
Quando o seu adversário entrar no alcance de desenvolvimento das unidades mais importantes do deck dele, segure ao máximo as suas remoções para eliminar elas assim que elas forem jogadas. Não saia por aí gastando toda a sua mana à toa.
Para jogar de maneira otimizada com esse deck, o jogador de Seraphine precisa fazer a leitura da mão do oponente. Então, fique atento a como o oponente se comporta e puna jogadas erradas - se o seu adversário errar, dificilmente ele volta para a partida.
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Uma boa dica para ler a mão precisamente é jogar reativamente, e esperar que seu oponente realize alguma ação ou jogada que não condiz com o estado atual do jogo. Exemplo: caso ele não desenvolva um campeão na curva, e demore muito para jogar, ele está esperando que você jogue suas remoções em campo.
Conclusão
Se você leu até aqui, agora sabe tudo sobre o deck emergente de Seraphine Karma Sett.
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