Introdução
Continuando a série de “cartas esquecidas que você provavelmente nunca viu”, hoje, falaremos de Targon, uma das regiões mais amadas ou odiadas do jogo.
Nesses artigos, sempre escolho 5 cartas que não necessariamente são fracas, ou ruins, mas foram esquecidas por jogadores, e nem sequer fazem falta. Se elas deixassem de existir, ninguém iria perceber que elas sumiram.
Se você quiser ver as cartas mais esquecidas de outras regiões, clique aqui, para ler meu último artigo, no qual falei das cartas mais esquecidas de Shurima.
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Lembre-se que esse conteúdo é baseado no cenário competitivo, e as filas ranqueadas (eu não jogo PoC, infelizmente). Também é baseado na minha experiência de 4 anos jogando e narrando LoR profissionalmente. Sinta-se livre para criar a sua própria lista na seção de comentários!
5 - Guardião da Lei
Targon, por enquanto, foi a região mais difícil de escolher as top 5 cartas mais esquecidas. Parece que a Riot deu um carinho especial para as cartas dela, e quase todas as cartas dessa região são memoráveis.
O Guardião da Lei, mesmo aparecendo na animação de subida de nível do Ryze, conquistou nosso 5º lugar. Apesar de muita gente saber da existência dessa carta, muitos não lembram o que ela faz.
Esta carta foi lançada no Runeterra na expansão A Saga Darkin, junto da Kayle. Nessa época, já tínhamos o Bardo no jogo, e é visível que a Riot queria que usássemos o Guardião da Lei como uma carta de suporte para o arquétipo de “buffar a mão” deste campeão.
O problema de tudo isso, e o que torna o Guardião da Lei uma carta esquecida, são dois fatores.
A primeira é que a Kayle nunca foi uma campeã muito meta - quando ela aparecia em algum deck, sempre entrava como um complemento a uma lista aggro, mas não fazia sentido você jogar uma unidade de 6 de custo como o Guardião da Lei nestas listas. Os arquétipos em que a Kayle jogava nunca foram listas que buffavam as cartas na sua mão.
E segundo: Targon nunca foi a melhor região para o arquétipo de buffar as cartas da mão. Freljord sempre foi a região que tinha cartas que faziam isso melhor por ser a região do Sobrepujar.
Por isso, ao longo dos anos, nos esquecemos da existência do Guardião da Lei, e só lembramos que ele existe quando perdemos para um Ryze.
4 - Contempladora de Estrelas
Você já deve ter testado essa carta uma vez na sua vida no seu deck de Soraka Tahm Kench 3 anos atrás, visto que essa carta não impactou muita coisa no seu jogo, e desistido dela.
Pelo menos, foi isso que aconteceu comigo, pois, depois dessa uma partida, eu nunca mais joguei e nem vi nenhuma Contempladora de Estrelas em nenhum deck.
Essa carta até foi interessante nos decks de Soraka, mas a melhor versão deste arquétipo sempre foi a versão que focava na Nascente Estelar, controlava melhor a mesa, e não se transformava em um deck agressivo do nada.
Na verdade, o arquétipo de Nascente Estelar sempre foi bem maluco, pois tínhamos cartas rápidas, como a Pastora de Estrelas, que eram um alvo perfeito para receber Elusivo nessa lista. Ela, com certeza, acumulava muito poder de ataque durante os jogos e era uma ameaça eminente naquela época.
O tempo não foi gentil com a Soraka, e a última carta lançada para esse arquétipo foi o Filhote Cósmico, que, apesar de ser uma das melhores cartas de Targon, e do jogo todo, não foi forte o suficiente para reviver o arquétipo de Nascente Estelar no Eterno.
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Essas listas sofrem muito para decks agressivos, que, ao longo dos anos, se tornaram cada vez mais eficientes em dar dano direto ao seu Nexus. Como esse tipo de estratégia é a mais popular no Eterno, era previsível que as listas de Soraka iriam desaparecer da fila ranqueada.
Como ninguém joga de Soraka, ninguém testa a Contempladora de Estrelas, e isso apagou esta carta das nossas memórias.
Mas há uma luz no fim do túnel, pois Soraka Tahm Kench agora pode ser um deck relevante de novo porque tem uma matchup ótima contra Azir Irelia e algumas listas de Janna Nilah e Twisted Fate Nilah na fila ranqueada do Eterno.
3 - Benção de Mikael
“Uma carta que representa um item do LoL está nesta lista?” - você deve estar se perguntando agora. Sim, e me diga, sem roubar: você se lembra do efeito da Benção de Mikael?
Esse é o problema principal de Targon para mim: as cartas são memoráveis, mas você nunca sabe ao certo o que elas fazem, e a Bençao de Mikael é o exemplo perfeito disso.
Essa é aquela carta que você sabe que ela existe, mas sabe que ela é ruim, e provavelmente não se encaixará na sua lista de Pantheon. Daí os anos passam, ninguém mais joga de Pantheon depois dos nerfs, e você não sabe mais o que a Benção de Mikael faz.
Ela foi lançada na expansão Andamundos, e, desde o primeiro dia, essa carta já era considerada “meme” por alguns motivos. O primeiro é que Targon estava passando por uma fase experimental, e a Riot não revelou nenhum campeão para esta região em Andamundos. As cartas de Targon reveladas nessa expansão apenas ajudavam ou reforçavam alguns arquétipos já conhecidos desta região, e a Benção de Mikael era pra servir tanto para listas de Yuumi quanto para decks de Pantheon.
Esses decks eram populares nessa época, mas não levavam a Benção de Mikael, pois literalmente as únicas palavra-chaves negativas que você se importaria em remover são Vulnerável e Atordoado. Convenhamos que você pode muito bem só proteger a sua unidade Vulnerável com seus feitiços, e também é muito mais fácil só negar os feitiços que Atordoam suas unidades - que era o que os decks de Pantheon faziam com Escudo de Feitiço.
Maldições não podem ser removidas com a Benção de Mikael, e isso também foi um dos grandes motivos para nos esquecermos dessa carta por completo.
2 - Colosso Liberto
Essa carta é engraçada, pois eu imagino os desenvolvedores da Riot falando: “não vamos lançar o Colosso Liberto com 5 de ataque, pois quando o jogamos em campo ele cria uma Gema, haha, ele tem que ter 4 de ataque.”
O Colosso Liberto tem 4 de ataque, e nunca foi popular na história do LoR. Nunca fez sentido jogar com ele por tantos motivos que é mais fácil só listar alguns deles:
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Todos esses motivos levaram os jogadores de LoR a se esquecerem completamente do Colosso Liberto. A única vez que você vai ver um Colosso Liberto será quando ele for gerado aleatoriamente de um portal da Norra nível 2 em alguma partida do Eterno.
1 - Encarando o Impossível
Essa é a terceira carta do arquétipo do Pantheon dessa lista.
Como sempre, o primeiro lugar dessas listas que escrevo é escolhido da seguinte forma: olho minha coleção e escolho a carta que eu (após jogar 4 anos profissionalmente e também narrar torneios de LoR) não faço ideia do que ela faz.
A carta de Targon mais esquecida é Encarando o Impossível, lançada na expansão Além do Bandobosque junto com o Pantheon.
O conceito desse feitiço é muito interessante, pois você dá atributos para uma unidade sua com base na desvantagem que você tem em relação à mesa do seu adversário. O problema disso é que a matemática nunca bate, e apenas dar atributos de ataque e vida para um aliado, por 3 de mana, não é tão relevante assim, ainda mais quando você dá para ele em média 2 a 3 pontos de ataque e vida a mais.
Se essa carta Atordoasse inimigos ou tivesse outro efeito, provavelmente seria considerada em algum deck de Pantheon. Outro problema dela é sua velocidade, focado, que nos impede de jogá-la durante uma pilha - o que é extremamente ineficiente para o arquétipo de Pantheon, já que na maioria das vezes você irá responder o seu oponente, e para isso você precisa de feitiços súbitos.
A arte dessa carta é parecida, ou “lembra”, a arte do Escudo-Cometa e isso nos ajuda a esquecê-la também, pois muitos acham que, na verdade, o Encarando o Impossível é o Escudo-Cometa.
Foi difícil montar essa lista, como falei no início, pois parece que a Riot deu um carinho especial para Targon, e a maioria das cartas de lá são memoráveis, ou foram populares em algum deck relevante do meta. O Encarando o Impossível foi a primeira dessa lista, e é, ao mesmo tempo, esquecida por ser muito ineficiente, e por não ser memorável.
Conclusão
Se você leu até aqui, muito obrigado! Espero que tenha se divertido.
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