Formato Eterno: Principais Diferenças das Listas de Celestiais

No Patch 4.8.0, fomos presenteados com muitos buffs em cartas de Targon, que Evocam Celestiais. A mecânica de Evocar existe desde os primórdios da região de Targon, e foi protagonista de vários metas competitivos ao passar dos anos. Porém, muitas unidades e recursos de Evocar foram rotacionados para o formato Eterno, deixando o formato Padrão um pouco carente dos Celestiais.

Agora que estamos na temporada competitiva do Eterno, a Riot decidiu que seria interessante dar um boost na moral dessa mecânica, e buffou muitas cartas que Evocam Celestiais.

Evocação está tão forte, que logo nos primeiros dias foi responsável por garantir o mestre para muitos jogadores. Logo a comunidade inteira se mobilizou para criar diversas listas que trabalham bem com esse conjunto de cartas de Targon.

Se você entrar em qualquer site de estatísticas de Runeterra, vai se deparar com em torno de 4 listas de Celestiais diferentes, com regiões diferentes, e estilos de jogos variados, mas com 80% dos decks sendo igual.

Já temos registro de jogadores competitivos que ganharam torneios com lineups de triplo Celestiais abusando desses decks.

Por isso, me senti na obrigação de vir aqui explicar para vocês qual a diferença entre essas listas de Celestiais, além de quando e como você deve usar elas.

Um dos buffs principais desse arquétipo foi no Vidente da Montanha. Essa carta desconta custos de mana dos seus Celestiais da mão, e é um seguidor do Banco.

Seguidores de Banco são unidades que não precisam atacar ou defender, pois possuem algum efeito em aura forte, então, arriscar perder essas unidades em algum ataque ou defesa é horrível para a estratégia geral da sua lista.

Esse é o caso do Vidente da Montanha: os descontos são muito importantes, e essa unidade é muito valiosa para o seu deck.

Porém, o Vidente vem com o efeito de Lealdade, que também é uma mecânica esquecida no Eterno. A Lealdade só ativa se a carta do topo da lista for da mesma região da unidade que quer ativar o efeito. Sendo assim, você é muitas vezes obrigado a construir a sua lista considerando a curva de mana das suas regiões.

Para garantir que nessa lista o efeito de Lealdade do Vidente da Montanha ative todas as vezes, todas as cartas do deck são de Targon.

Essa é a versão que surgiu primeiro, nos primeiros dias da fila ranqueada do Eterno.

Os Celestiais agora possuem uma curva de mana de início de jogo com a carta Pico Pontestrelado; o monumento gera muito valor e é uma das cartas mais importantes.

No turno 4, As Presas novamente viraram uma carta que realmente defende o seu Nexus com o recurso de roubo de vida. E para finalizar, Chamado Cósmico é a grande cereja no bolo e o motivo principal desse deck estar tão forte.

Essa carta foi avaliada por mim como um feitiço de 4 estrelas - Forte, que irá aparecer em muitos decks, como opção de finalizador. Mas nós não esperávamos que o efeito de pagar 8 pontos de mana para diminuir pela metade o custo dos Celestiais globalmente fosse tão forte.

Essa carta, se jogada no turno 5, ganha o jogo para você automaticamente no turno 6 ou 7 em muitas matchups. Essa jogada atualmente é uma das mais fortes do jogo inteiro.

Conforme os jogadores foram percebendo que esse arquétipo tem o potencial de ser um dos melhores do jogo, a comunidade rapidamente foi criando listas que são menos otimizadas, mas ainda conseguem abusar das mesmas cartas.

Assim surgiram os Celestiais com Ilhas das Sombras.

A região de Ilhas das Sombras historicamente sempre foi uma das melhores regiões de suporte para listas de Lealdade devido a uma carta específica, Atrocidade. Esse feitiço, por muito tempo, foi o melhor finalizador do jogo inteiro, e, no formato Eterno, essa carta continua abalando corações.

A versão de Ilhas das Sombras é basicamente o mesmo deck, porém com uma cópia apenas de Atrocidade, ou às vezes até duas. Essas cópias de cartas de regiões que não são de Targon são tão poucas, que não alteram a consistência do deck para ativar o efeito de Lealdade.

A Atrocidade traz um final de jogo melhor para o deck, além de ajudar esse arquétipo a ganhar partidas espelhadas.

Essa lista é dinâmica o suficiente para conseguir ser consistente, finalizando partidas com muitas unidades em campo, ou apenas um Celestial gigantesco com muito ataque. Nessas partidas que você só conseguiu Evocar um Celestial grande para poder acabar o jogo, a Atrocidade te ajuda a melhorar a sua taxa de vitória.

Versão com Diana

Até agora não falamos dos campeões do deck.

A Zoe é a principal campeã da lista, e sobe nível com muita facilidade nesse arquétipo. Já o Aphelios é bastante lento, e muito situacional. Em algumas partidas, o Aphelios é a grande estrela do deck, com a Gravitum, atordoando unidades-chave do seu adversário. Mas isso acontece muito raramente.

Diana é muito melhor para esse arquétipo. A campeã consegue te garantir uma presença ofensiva muito impactante nos primeiros turnos, e pode ser responsável por parar boa parte das agressividades do seu adversário logo cedo.

Perceba que a única carta que muda da lista é a campeã. E o deck ganha automaticamente 6 pontos de taxa de vitória adicional. Incrível.

Para finalizar, temos a versão com Samira, que, na minha opinião, é a melhor de todas.

A Samira nada mais é que uma Diana melhor. Se você parar para pensar, as duas campeãs fazem o mesmo, possuem os mesmos atributos, mas a Samira é mais consistente, além de conseguir trabalhar melhor de forma independente.

Sem contar que o deck agora consegue, com muito mais facilidade, Evocar unidades Celestiais e feitiços baratos, devido ao Pico Pontestrelado, e isso facilita muito a subida de nível da Samira.

Você não pode levar a Atrocidade nesse deck, mas a carta não faz tanta falta assim no arquétipo. Como estamos levando apenas uma cópia, muitas vezes você nem compra o feitiço, e os Celestiais também finalizam com muito mais frequência com mesas extensas, do que unidades grandes e solitárias.

Você vai se surpreender com a frequência na qual a Samira sobe de nível, e ainda por cima Mobiliza.

Três cópias de Samira não agride a consistência de ativação de Lealdade do deck também.

Uma adição inusitada aqui foram as Bandas Dracônicas, que ajuda muito a proteger as campeãs, além de transformá-las em ameaças eminentes em campo.

Esse deck é possivelmente a forma mais refinada que temos do arquétipo por enquanto, mas ainda é possível que novas versões apareçam no meta.

A versão de Zoe Samira, na minha opinião, é mais preparada para o competitivo e para a fila ranqueada, apesar do deck de Diana e Atrocidade estar com uma taxa de vitória maior.

Recomendo a você levar a versão de Samira, e também a versão de Diana Atrocidade em torneios, mas não leve a versão Mono Targon, por ser o deck menos refinado e preparado para as matchups do Eterno.

Se você leu até aqui, agora sabe a principal diferença entre as listas de Celestiais do meta do Eterno.

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