Introdução
A comunidade de Runeterra é bastante ativa em torneios, e muitos jogam com frequência torneios grandes como o Runeterra Open. Para isso, é comum que esses jogadores estudem estatísticas de taxa de vitória de decks.
Porém, muitos jogadores ficam um pouco confusos na hora de analisar esses números, e se perdem quando vão montar as suas lineups considerando as estatísticas.
Por isso, venho trazer a vocês o meu método de análise das estatísticas que me levou a ser Top 16 do Runeterra Open, e me ajuda a ter uma ótima consistência nos torneios de comunidade.
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Traduzindo os Números da Ranqueada para o Competitivo
O meta competitivo é muito diferente do meta da ranqueada. Porém, mesmo assim, é na ranqueada que o meta é formado, e é lá que os decks se popularizam.
Dificilmente uma lista quebra a bolha e se torna um deck ativo só no competitivo, sem aparecer na ranqueada. A última vez que isso aconteceu foi com Ryze, e algumas versões de Karma Sett com Targon. Por isso, é normal ficar atento nos decks mais jogados quando você for analisar os sites de estatísticas, pois, afinal, são os mais prováveis também para encontrar em torneios, dependendo do meta.
Nos sites de estatísticas, você pode perceber que nem sempre a lista no topo do ranking de mais usadas possui a melhor taxa de vitória. É comum que decks que tenham mais de 1000 partidas contabilizadas no site orbitem a casa dos 55% de taxa de vitória, e, caso a lista passe disso, normalmente é porque o deck é forte demais.
Em contrapartida, você verá que, se usar o filtro para mostrar os decks com a melhor taxa de vitória, essas listas não terão tantos jogos, e isso pode confundir bastante os jogadores. Pois, assim como os decks no topo de popularidade não necessariamente são os mais fortes, os que estão no topo da taxa de vitória também podem não ser.
Afinal, qual o deck mais forte, então?
O deck mais forte sempre será o que possui a melhor média de popularidade, somada a taxa de vitória. Caso um deck apareça no top 5 de decks mais usados, e também nos mais vencedores, essa lista é uma forte candidata a ser o melhor deck.
É o caso do deck Elise Gnar, que estava no topo dos dois rankings, e presente também na lineup do campeão do Runeterra Open do formato Eterno do mês de setembro.
Vejamos algumas situações que podem levar aos jogadores pré-julgarem uma lista considerando as estatísticas delas.
Decks com taxa de vitória ruim, mas que performam bem em torneios
Alguns decks podem aparecer com taxas de vitória abaixo da média, mas são ótimas listas para torneios. Um caso recente foi a lista de Samira Seraphine, que foi campeã de um dos Runeterra Open, e apareceu em diversas lineups de jogadores, mas possui apenas 50% de taxa de vitória na fila ranqueada.
Recomendo que você, além de olhar para as estatísticas dos sites, também fique de olho nos resultados dos torneios de comunidade. Mas não olhe só a lineup dos jogadores que ganharam: olhe sempre a lineup dos 4, ou dos 8 primeiros, para ter uma noção do que esses jogadores de elite estão levando.
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Em alguns torneios antes desse Runeterra Open, diversos jogadores já estavam levando Samira Seraphine por ser uma ótima lista quando se trata de Atordoar unidades e destruir monumentos, recursos que eram valiosos no meta da época.
O melhor lugar para ver os resultados é no perfil do Twitter do @LoR_Santupea92.
Deck populares devido a personalidades famosas na comunidade
É comum que você do nada encontre decks com alta taxa de jogo, mas que são listas um pouco difíceis de encaixar no competitivo. Isso muitas vezes acontece porque algum criador de conteúdo famoso, ou jogador competitivo, foi muito bem-sucedido com esse deck e popularizou a lista na comunidade.
O deck de Braum Lulu foi popularizado pelo streamer Aikado, mas, apesar de ser um deck ok para se jogar na fila ranqueada, ele não foi muito bem-sucedido em torneios de comunidade, exceto na primeira semana em que foi descoberto.
Recomendo testar as listas popularizadas por esses jogadores famosos jogando contra decks de torneio, e não na fila ranqueada. Só assim você conseguirá saber se realmente o deck funciona no formato competitivo.
Decks que são fortes só na fila ranqueada
Geralmente, o meta dos torneios sempre será um pouco mais lento que o meta da ranqueada. Muitos jogadores montam suas lineups considerando que vão jogar contra listas Aggro, Midrange e Controle, tudo ao mesmo tempo. E, por isso, a melhor estratégia é muitas vezes levar decks mais lentos que consigam interagir bem contra mesa adversária - diferente da fila ranqueada, na qual você encontrará decks que não interagem de forma alguma com o seu oponente.
Levando isso em consideração, é comum você ver que alguns decks aparecem em sites de estatísticas lá no topo das taxas de vitória, mas performam muito mal em torneios. Isso acontece porque esse tipo de deck normalmente perde instantaneamente caso o seu adversário tenha qualquer tipo de resposta para suas unidades. É o caso da lista de Teemo Elusivos, que só funciona na fila ranqueada.
Recomendo a você não levar decks que não possuem interação, ou que perdem facilmente para remoções, quando você for jogar torneios. O meta do competitivo é muito diferente da ranqueada, e, apesar de algumas listas, como a do Teemo, serem consideradas umas das melhores, esses decks dificilmente te levarão longe em torneios.
Estatísticas de Matchups Boas e Ruins
Essa estatística é a mais importante, e também é a que precisamos ser mais atentos na hora de analisar. Você perceberá que, nos sites, você tem acesso às estatísticas de confrontos entre decks, e o site separará os decks em matchups boas e matchups ruins, caso o confronto passe de 50% de taxa de vitória ou não.
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Mas, se a sua lista tem 49% de taxa de vitória ou até mesmo 50%, isso não quer dizer que o deck é ruim contra a outra lista que você está analisando. Na verdade, o confronto é bastante equilibrado.
No exemplo abaixo, estamos vendo algumas listas que possuem supostamente matchups ruins contra o deck de Elise Gnar.
Esses decks possuem ferramentas capazes de ganhar da lista de Elise, mas às vezes não conseguem finalizar as partidas, devido a vários fatores, e um deles normalmente é que os jogadores não sabem pilotar direito as listas. Um caso bastante extremo é o da Seraphine Samira, que é uma lista que possui muito recurso para lidar com as ameaças da lista de Elise, e no Runeterra Open performou bem nas mãos dos jogadores competitivos nessa matchup. Entretanto, é um deck que na ranqueada não é nem um pouco bem-sucedido contra Elise, pois os jogadores da fila ranqueada normalmente não sabem jogar desse arquétipo.
Recomendo não prejulgar as estatísticas de taxa de vitória em matchups, pois muitas vezes não há jogos o suficiente para analisar se de fato um deck é bom contra o outro. Acredite fielmente apenas em confrontos registrados com mais de 100 partidas. Para o resto, que não chega a 100 confrontos, assuma que a taxa de vitória não é equivalente, e treine a matchup com seus amigos.
Conclusão
Se você leu até aqui, agora sabe analisar da forma correta as estatísticas de deck nos sites de análise de Runeterra.
Não se esqueça de comentar e compartilhar esse artigo nas redes sociais. Até a próxima!
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