Introdução
Atualmente, o Runeterra possui 1615 cartas únicas, o que é bastante, mas não é tanto assim comparado ao Hearthstone, que já deve ter passado dessa marca há alguns anos (é difícil demais saber ao certo quantas cartas o Hearthstone tem).
Ao longo desses anos, os dois jogos compartilharam entre si muitas mecânicas parecidas, como Barreira e Escudo Divino, Roubo de Vida e entre outros. Mas algumas cartas nesses dois jogos são literalmente idênticas, ou extremamente parecidas.
Vejamos 10 cartas de LoR e suas versões equivalentes de Hearthstone.
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Avalanche & Consagração
É impossível pensar na Avalanche e não pensar na Consagração também. As duas cartas foram muito jogadas em ambos os jogos e também foram lançadas logo na primeira expansão de cada um deles. Obviamente, a Avalanche é uma referência direta a Consagração, já que ela foi criada quase 7 anos depois. Mesmo assim, ambas são consideradas cartas muito clássicas.
A grande diferença entre elas é que Consagração só causa dano à mesa do oponente, e a Avalanche causa dano a todas as unidades em campo.
Ambas possuem uma animação própria, e a animação da Consagração é uma das mais icônicas em todo o Hearthstone.
Apesar da Avalanche ser uma carta clássica do LoR, ela não vê muito jogo competitivo em nenhum formato há bastante tempo por ser fraca demais, exceto por aparecer ocasionalmente em listas de ramp.
Texurso Leal & Tanque Aranha
Essas cartas são idênticas. O Runeterra possui um número muito reduzido de cartas sem efeito, também chamadas de “vanilla”. Já o Hearthstone lançou muitas cartas “vanilla” durante os anos, principalmente nos 4 primeiros anos do jogo, quando basicamente pelo menos uma carta desse tipo era lançada por expansão. Hoje em dia, isso é bastante incomum para os dois jogos.
O Texurso Leal nunca foi uma carta muito popular no Runeterra, pois, na mesma expansão que ela foi revelada, tivemos a carta Guarda Grisalho, que invoca um Texurso Leal ao morrer. Então, nunca tivemos um incentivo de fato para jogar essa carta. Ainda mais recentemente, o Texurso Segurança foi lançado, e ele é uma versão melhorada do Texurso Leal - o que é um exemplo do famoso efeito “power creep”.
Já o Tanque Aranha é uma carta que foi muito jogada na expansão Goblins vs Gnomos, mas não foi muito utilizada nas outras expansões do jogo conforme o poder geral das cartas foi aumentando e foi cada vez ficando mais inviável ter uma unidade sem efeitos no seu deck.
A Ruína & Espiral Etérea
Espiral Etérea é com certeza uma das cartas mais icônicas do Hearthstone inteiro. Na verdade, todo card game possui a sua versão da carta que “remove a mesa inteira”, e o Runeterra não é diferente, pois tem A Ruína.
A Espiral Etérea, assim como a Consagração, tem 7 anos a mais que A Ruína, então podemos dizer que é uma carta que foi a inspiração direta para o LoR.
É possível dizer que a Espiral Etérea foi mais importante para o Hearthstone do que A Ruína foi para o LoR, pois a Espiral Etérea foi presente em muitos metas, e sempre foi uma carta extremamente balanceada e forte em listas de Bruxo. Esta carta viu jogo, e sempre retornou para os decks competitivos quando o meta pedia ela.
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A Ruína, por sua vez, só foi popular nos primeiros anos do LoR, e depois foi aposentada a um 1-off nos poucos decks que jogou por ser muito lenta. Até hoje, não é uma carta popular, e é um pouco raro vê-la em algum deck até mesmo em listas casuais.
Vigilante Avarosiano, Vigilante Determinado & Acumulador de Tesouros
O Acumulador de Tesouros é provavelmente uma das cartas mais jogadas de todo Hearthstone. Se fosse para chutar, eu diria que essa carta entra facilmente num top 20 cartas mais usadas de todos os tempos. O conceito dessa carta é extremamente sólido, e combinava com praticamente qualquer deck da sua época, tanto que foi um lacaio usado em quase todas as listas das primeiras expansões do jogo.
Esse conceito é tão forte que o Runeterra adotou ele em duas cartas: o Vigilante Avarosiano e o Vigilante Determinado, que nada mais é que o Vigilante Avarosiano após morrer.
O Vigilante Avarosiano foi rotacionado por não estar nos planos de identidade da região de Freljord para o ano de 2023. Entretanto, como é um design tão legal e simples, a Riot recriou esta carta para a região de Ilhas das Sombras, para a alegria de todos os jogadores.
É difícil comparar o Acumulador de Tesouros com os Vigilantes, pois as três cartas foram muito icônicas em seus respectivos momentos. Mas o Acumulador de Tesouros hoje em dia não é mais tão popular assim, e faz um tempo que essa carta entrou em desuso por estar um pouco lenta demais. Já o Vigilante Determinado é muito jogado em listas de Ilhas das Sombras, e aparece até mesmo em listas de Mordekaiser.
Então, podemos dizer que o conceito do design destas cartas sobrevive até hoje firme e forte no LoR, mas no Hearthstone não é mais tão prestigiado assim.
Taverneiro Gentil & Clarividente Telúrico
Novamente, temos um caso de duas cartas idênticas, e as duas são dos primeiros conjuntos de carta em seus respectivos card games. O Clarividente Telúrico é uma das minhas cartas preferidas do Hearthstone, e eu lembro de usá-la muito tempo atrás. Essa carta foi jogada nas primeiras listas de Sacerdote Controle, e também era uma carta excelente para o formato Arena. Entretanto, conforme o tempo foi passando, essa unidade ficou obsoleta e entrou no esquecimento.
Já o Taverneiro Gentil, se estivesse presente no formato Padrão, seria uma das cartas mais fortes do jogo inteiro, e, sozinha, conseguiria acabar com todos os decks agressivos do jogo. Essa carta foi rotacionada por causa disso: é forte demais.
Durante as temporadas competitivas do formato Eterno, o Taverneiro Gentil não aparece tanto porque decks Aggro não são muito presentes. Entretanto, eles não são muito presentes justamente por conta da existência do Taverneiro Gentil. Então, se uma lista de Burn se populariza neste formato, ele sempre estará lá para acabar com a graça dos jogadores agressivos. Podemos dizer que essa carta é o termômetro do meta do Runeterra porque sempre aparece quando é necessário.
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Elnuk Bovino & Yeti Ventogelante
Adivinhem: mais cartas dos primeiros conjuntos dos dois jogos - até parece que o Runeterra está copiando o Hearthstone!
Esta é a verdade, e os próprios desenvolvedores afirmam isso. Porém, isto é muito mais visto como uma forma de homenagem e até mesmo referência, já que o Hearthstone é o pai dos card games digitais. O poder geral das cartas do Hearthstone é medido pelos atributos das suas cartas vanilla, que é o mesmo método que o Runeterra usa para medir a força das suas cartas também.
É esperado que uma unidade com algum efeito sempre tenha menos atributos que uma unidade vanilla com o mesmo custo. Todos sabem que isso não é verdade, uma vez que o Texurso Segurança é muito melhor que o Texurso Leal. Isso acontece porque a noção de poder das cartas vai aumentando (ou diminuindo) conforme o tempo vai passando, e os interesses dos desenvolvedores também. Muitas vezes uma carta é lançada propositalmente fora da curva para consertar algum déficit da sua classe ou região, ou para acentuar alguma força dos mesmos.
De qualquer maneira, a história do Elnuk Bovino nem se compara com a história do Yeti Ventogelante. Os Elnuks só foram um arquétipo durante o beta do Runeterra, mas o Yeti Ventogelante foi uma das melhores cartas do formato Arena nos primeiros anos do Hearthstone, e também foi muito jogada no formato Padrão nesse mesmo período.
O Hearthstone evoluiu e demandou unidades com efeitos, e isto impactou todas as cartas vanilla do jogo. Porém, é fácil dizer que essa carta em específico foi a que mais durou no meta, e foi a mais prestigiada dentre as unidades desse tipo.
Escamossauro & Druida da Chama
A Druida da Chama foi uma carta introduzida na aventura Montanha Rocha Negra e foi utilizada em listas de Druida no ano em que foi revelada. Fora isso, não foi uma carta muito popular para esta classe. Ela veio para reforçar a identidade de Escolha Um que o Druida tem, e fez isso bem. Até hoje esse tipo de carta é bastante comum, e podemos dizer que é um grande sucesso em termos de design no Hearthstone.
Já no Runeterra, esse estilo foi um fracasso completo. O Escamossauro nunca sequer viu a cor de um board de Runeterra porque nunca foi jogado em nenhuma lista, nem mesmo casualmente.
Existe uma grande diferença entre estas cartas. A Druida da Chama se transforma em uma unidade 5/2 ou 2/5, e o Escamossauro ganha +3 de ataque ou vida. Como Transformar é uma das mecânicas mais fortes do Runeterra, talvez, se o Escamossauro copiasse literalmente o texto da Druida da Chama, ele poderia ser uma carta jogável, porque ele poderia jogar em listas de Nidalee.
Cithria de Campinuvem & Corvo Encantado
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O Corvo Encantado é outra carta vanilla do Hearthstone. Diferente das outras, é uma carta de Classe, e foi introduzida na aventura Uma Noite em Karazham. Ou seja, foi a época em que as cartas vanilla começaram a ficar um pouco obsoletas. Essa unidade foi muito utilizada em listas agressivas de Druida nessa época, e foi uma das primeiras cartas a fomentar esse estilo de jogo para a classe que até então era conhecida pelos melhores decks Midrange do jogo.
Cithria de Campinuvem, por sua vez, foi uma carta introduzida na primeira expansão do Runeterra, e teve os seus momentos na história do metagame do LoR. Ela nunca foi uma carta que se destacou, mas sempre cumpriu o seu papel de complementar uma lista Midrange de Demacia porque era uma unidade consistente para o turno 1. Atualmente, ela retornou brevemente nas listas de Dragão Ancião com Elites.
Mesmo assim, Cithria de Campinuvem talvez seja a carta mais icônica do Runeterra inteiro. Ela possui várias versões dela mesma em outras cartas de Demacia, então podemos acompanhar a sua história desde uma pequena recruta até a Dama das Nuvens, na sua carta Cithria, Dama das Nuvens.
Ela também é uma das cartas que podem virar uma campeã exclusiva para o LoR no futuro, e certamente é muito amada por todos os jogadores.
Conclusão
Se você leu até aqui, deixe nos comentários se faltou alguma carta de Hearthstone que tem uma irmã Runeterrense!
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