Introdução
Hoje falaremos sobre uma temática extremamente icônica do Runeterra: os Barcos.
No LoR, “Barco” é o nome que se dá para uma carta que compra um campeão específico.
O nome “Barco” surgiu porque as primeiras cartas do jogo que tinham esse efeito, eram os Barcos dos respectivos campeões que elas compravam. Com o tempo, outras cartas que compram campeões foram sendo adicionadas ao jogo que não necessariamente “Barcos”, mas nós as chamamos de “Barcos” mesmo assim!
Nesse artigo, listei todos os “Barcos” do jogo e trouxe algumas curiosidades sobre cada um deles.
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Os Primeiros Barcos - Barcos Raiz
O conceito de “Barco” foi inventado na expansão “Marés Crescentes”, que nos introduziu aos 4 Barcos originais do LoR. Essa expansão também introduziu a região inteira de Águas de Sentina ao jogo, trazendo uma temática nova para o LoR recheada de piratas, e consequentemente, Barcos.
O Apavorador
Esse é um dos Barcos mais clássicos do jogo inteiro, por ser uma peça extremamente importante para listas de combo e alguns decks agressivos durante os primeiros anos do LoR.
Na sua arte podemos ver O Apavorador batalhando contra outro barco durante a noite. É bastante visível o tamanho monumental do O Apavorador, com suas velas pretas, e um buraco na proa para dar espaço a dois canhões gigantes, dando uma aparência monstruosa para a embarcação.
O Apavorador foi protagonista de vários combos de OTK durante a sua história do jogo, com o Comandante Ledros sendo a sua principal dupla. Os efeitos se complementam perfeitamente, causando exatamente o dano necessário para finalizar o jogo.
A grande diferença dessa carta para os outros Barcos, é que não era utilizada pelo seu efeito de compra, e sim pelo efeito de dobrar o dano que causado aos seus inimigos. Isso acarretou vários decks que levavam O Apavorador, mas não Gangplank.
O Leviatã
Esse é talvez o Barco mais jogado de todos os tempos. Na sua arte podemos ver que a embarcação tem uma proporção gigantesca, enquanto ela atraca em algum lugar de Ionia. Podemos ver também vários Devasta-Cidades saindo de dentro do O Leviatã, e em torno uma pequena vila é formada pelos tripulantes do Navio.
O Leviatã é provavelmente o Barco mais completo de todos, pois, além de ser jogado pelo seu efeito de Comprar o Swain, ele também é uma carta muito forte pelo seu efeito de Burn. Além disso, o seu efeito de dano direto complementa muito bem todos os decks do Swain - sendo, muitas vezes, a fonte principal de “Dano Fora de Combate” dos decks do campeão.
Por essa carta ser tão importante para as suas listas, ela até hoje é um dos Barcos mais influentes do jogo inteiro, que junto do seu campeão, carregam nas costas o arquétipo inteiro de Noxus Controle.
A Colmilhadora
O Barco da Sejuani é uma carta bastante esquecida atualmente. Na sua arte podemos ver toda a tripulação de Mães de Guerra dos Garras do Inverno de Sejuani.
Essa carta foi jogada por pouquíssimo tempo nas primeiras listas de Sejuani com foco em aumentar atributos de unidades do deck, no início da expansão “Marés Crescentes”.
Depois disso, os arquétipos de aumento de atributos evoluíram e ficaram independentes da campeã, e rápidos demais para precisar de uma carta de 8 de mana. Sendo assim, você não precisava mais da A Colmilhadora por ela ser extremamente lenta.
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O seu efeito é bem interessante, mas muito difícil de pôr em prática atualmente. Até porque os arquétipos de saquear e de atributos se separaram há muito tempo. Atualmente, “Saquear” são decks quase que de burn aggro combo, e decks de “Atributos” evoluíram para listas de Dragão Ancião com vigia com foco em unidades com tipos.
A Sereia
O Barco da Miss Fortune é outra carta dos Barcos clássicos que ficou esquecida no tempo. Na arte podemos ver a tripulação inteira da Miss Fortune navegando pelos mares de Sentina enquanto atiram com canhões em um alvo desconhecido.
Diferente dos outros Barcos, essa carta quase não viu jogo, sendo presente apenas em algumas versões não otimizadas do arquétipo de patrulheiros.
Fora isso, nunca tivemos nenhuma lista popular que levava A Sereia - o que é uma pena, já que é uma das cartas com a melhor arte do jogo inteiro, e possui um efeito muito divertido e dinâmico.
Aumentar o dano das suas habilidades parece ser uma ideia fantástica atualmente, que temos cartas como Jhin e Annie no jogo para dar suporte a essa ideia. Mas, na prática, A Sereia sofre dos mesmos problemas da A Colmilhadora: ser uma carta muito lenta com um custo extremamente alto que não agrega muito para as listas em que poderia ser usada.
A Sereia carrega uma das melhores palavras-chave do jogo, e o preço que essa carta paga por ter patrulheiro é ter atributos horríveis, que atrapalham demais na hora de bloquear ou manter a presença de campo se ela for jogada na curva. A Sereia é uma carta de 7 de mana com apenas 3 de ataque, e isso é ridiculamente baixo atualmente.
Talvez se retirarmos o patrulheiro dessa carta, e aumentarmos os atributos dela, ela poderia ser jogada novamente.
Barcos Modernos
Vejamos os “Barcos” modernos que continuaram com o legado de ter um Barco na sua arte, que não fazem parte dos 4 Barcos Originais.
A Corte do Rei
Introduzida na expansão “Gloria em Navori”, A Corte do Rei é o Barco do Jack. Na sua arte podemos ver ela saindo do fundo do mar em um porto Ioniano. Na descrição fica claro que o Barco, na verdade, é um submarino, já que os tripulantes respiram de baixo d’água também, assim como o próprio Jack.
Essa carta foi muito importante para listas de Tristana Gnar impacto, durante um período competitivo do Runeterra: esse tipo de deck era o mais forte do jogo inteiro. As listas abusavam da interação que o impacto tem de causar dano durante ataques, jogando varios Troca de Soco durante as ofensivas.
Fora isso, A Corte do Rei só foi usada em decks de Jack e Sett, que infelizmente passaram muito tempo sendo listas fracas demais para serem jogáveis e só foram ser consideradas “meta” recentemente.
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De qualquer forma, A Corte do Rei é uma carta extremamente icônica do jogo, sendo relembrada de tempos em tempos quando os arquétipos de Tristana voltam a ser meta nos formatos competitivos.
O Dançarino das Marés
Introduzido na expansão “Viagem do Destino”, O Dançarino das Marés é o barco da Nilah. Na sua arte podemos ver a Nilah navegando no O Dançarino das Marés em águas muito violentas. O Barco tem velas em forma de paraquedas com cores vibrantes em roxo, azul e amarelo. O Barco possui 6 quilhas visíveis que parecem dar uma sustentação enorme para embarcação, permitindo a ela ficar com o casco completamente fora d’água.
Essa carta entrou e saiu dos arquétipos de Nilah e Janna durante um tempo, até que no período competitivo do formato Eterno, após os nerfs desse arquétipo, O Dançarino das Marés voltou a ser jogado na versão do deck com Twisted Fate.
Nas versões mais focadas no combo de comprar cartas e fazer várias ações, O Dançarino das Marés brilha muito, sendo até mesmo um dos principais finalizadores dessas listas, por distribuir muitos atributos para todas as unidades.
Atualmente os decks de Nilah e Janna estão fracos demais para o Padrão e por isso não vemos tanto O Dançarino das Marés mais no jogo. Mas pode ter certeza que, durante as temporadas do Eterno, essa carta tende a brilhar demais.
O Martim-Pescador
Também introduzido na expansão Viagem do destino, O Martim-Pescador é o barco de todos os campeões. Essa carta abraça o “meme” do barco, mostrando que a Riot sabe que chamamos esse tipo de carta dessa maneira, nos trazendo um super barco que compra todos os campeões do deck.
Na sua arte podemos ver uma linda embarcação a vela Demaciana com detalhes brancos provavelmente de petricita. Podemos ver de pé o Rei Jarvan III, e se considerarmos o nome do Barco, podemos especular que ele é um barco de pesca do Rei de Demacia.
Essa carta foi uma das mais hypadas de todas da expansão, mas entregou pouquíssimo durante a temporada “Viagem do Destino”. O Martim-Pescador só está sendo jogado em listas de Dragão Ancião com Volibear e Braum focadas em “Rampar” mana e jogar unidades titânicas a partir das Insignias da Tempestade.
Fora isso, não vimos muito essa carta em ação ao longo desse ano, e ela ainda precisa se provar como unidade finalizadora, até porque essas listas de Volibear não são tão populares ou fortes assim no momento.
Barcos Nutella
Vejamos todos os Barcos de campeão que não são Barcos e sim alguém ou “Algo” que compra um com campeão específico.
Rei Jarvan III
O Rei Jarvan III foi o primeiro Barco a ser introduzido no jogo sem ser um Barco, na expansão "Império dos Ascendentes". Na sua arte, podemos ver o Rei Jarvan III recebendo um estandarte da Escudeira Penitente. Ao fundo podemos ver a Tianna Stemmaguarda e o “Xin Zhao”, que até hoje não chegou ao Runeterra.
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Rei Jarvan III não foi muito jogado assim, e foi pouco explorado durante os metas competitivos. É uma carta um pouco redundante demais para os arquétipos de Demacia, e só foi necessário em listas focadas especificamente no Jarvan IV, que levavam Shen.
Como o Jarvan IV é um campeão complementar, dificilmente focamos a montagem da lista nele, e por consequência, não precisamos tanto comprá-lo com muita urgência. Isso faz com que a utilidade do Rei Jarvan III caia bastante, e como o seu efeito adicional é muito específico, ele acaba ficando no esquecimento.
O efeito do Rei Jarvan III entra na categoria de efeito “Win more condition”, que é um efeito condicional que só funciona se você já estiver ganhando o jogo, e te ajuda a ganhar mais ainda - o que não é muito querido entre os jogadores.
Albus Ferros
Na expansão “Além do Bandobosque”, tivemos o Albus Ferros como Barco do Jayce. Na sua arte podemos ver ele conversando com o Financista dos Ferros sobre negócios, enquanto o Jayce observa ao fundo. A roupa do Albus Ferros é bem peculiar, com adornos muito extravagantes nas suas ombreiras com mini esculturas de trabalhadores Piltovenses.
O Albus Ferros foi um dos Barcos mais jogados por ser um dos melhores finalizadores da região inteira de Piltover & Zaun. Ele foi jogado muito nas listas de Heimerdinger e Jayce, que foi um deck que ficou em evidência por mais de um ano inteiro durante os períodos competitivos do LoR.
Agora o Albus Ferros é uma peça importante do combo com a carta Mutação Anômala, reforçando a importância que a unidade tem como principal finalizador da região de Piltover & Zaun.
Monte da Ventania
Na expansão “Andamundos” tivemos a revelação do Monte da Ventania, o Barco do Yasuo - que é o único Barco que é um monumento. Na arte podemos ver uma casa isolada em um monte, que provavelmente é um refúgio para o Yasuo treinar, ou, como dito na descrição, ficar em paz.
Esse Barco é um dos mais importantes de todos, pois ele é uma tentativa que deu certo de reviver um campeão no jogo. O Yasuo é um dos personagens mais icônicos do universo do LoL inteiro, mas no Runeterra ele sempre foi uma carta fraca que raramente viu jogo competitivo. O Monte da Ventania chegou para mudar o rumo dos arquétipos de Yasuo e conseguiu. Demorou um pouco até as listas do campeão se estabilizarem e com a chegada da rotação de 2024, e ele agora é meta!
As listas de Yasuo nunca foram tão fortes e agora fazem parte do ecossistema das filas ranqueadas e do competitivo do jogo, como um deck tier B focado em vencer matchups específicas. Grande parte do poder dessa lista e da sua popularidade vem do Monte da Ventania.
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Sombra
Sombra é a carta mais nova dessa lista, tendo sido revelada na última expansão “Caminhos Oníricos” como o Barco da Vex. Em sua arte podemos ver a Sombra assustando todos os Yordles presentes na festa de aniversário da Vex enquanto a campeã olha para eles com Olhar de Desdém.
Essa unidade passou um pouco despercebida durante as avaliações de carta feitas pelos criadores de conteúdo da comunidade, recebendo algumas notas bem medianas. Acontece que, na verdade, a Sombra é um barco extremamente forte, podendo ser considerado uma unidade nota 5/5 que define o meta.
Atualmente é o Barco mais forte do jogo, sendo também um finalizador das listas de Vex, assim como uma peça extremamente importante para os arquétipos da campeã por comprar ela.
Pseudo Barco - Fã Numero 1 do Draven
O Fã Numero 1 do Draven é a carta mais antiga dessa lista, sendo um seguidor do Pacote Primordial. Ele não entra na categoria Barco, pois ele não compra o Draven, apenas embaralha o campeão para o topo do deck, mas mesmo assim a comunidade ainda chama ele de Barco do Draven. Na sua arte, podemos ver o garoto imitando o Draven na frente do espelho, usando roupas parecidas com as dele e com um pôster do campeão ao fundo.
Essa carta foi extremamente importante e usada ao longo da história do LoR. O Draven foi um dos campeões mais influentes e jogados do jogo inteiro por muito tempo e praticamente quase todos os seus decks levavam pelo menos uma cópia do Fã Numero 1 do Draven.
Essa unidade impedia que o jogador “travasse” a sua mão, e sempre tivesse o Draven nos momentos certos da partida se jogado nos primeiros 2 turnos. Lembrando que o campeão era a melhor unidade de 3 de custo do jogo inteiro até a chegada da região de Shurima com Azir Irelia. Ou seja, por muito tempo, era meta jogar o Draven na curva 3 e dominar o jogo.
Listas de Descarte e decks de combo e muitos outros arquétipos jogaram com o Draven e o seu Barco, fazendo dessa carta uma das mais jogadas dessa lista também.
Conclusão
Se você leu até aqui, muito obrigado, espero que tenha se divertido e gostado do conteúdo.
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