Deck Tech Eterno - Elise Gnar: Conheça o Poder da Força dos Animais!

Cansado de perder para Targonistas? Ver Freljord sendo difamada como a pior região do jogo? Está triste porque Ilhas das Sombras não tem nenhum deck bom no Eterno? Venha comigo, pois Gnar e Elise pode ser exatamente o que você procura!

Mas afinal, o que Gnar e Elise tem em comum?

Ambos campeões trazem uma boa utilidade no turno em que são jogados e, por possuírem um subtipo, pavimentam o caminho para o Vigia das Tribos, a principal condição de vitória do deck.

A lista utiliza boas unidades para a sua curva em conjunto com interações eficientes para levar o jogo até o inevitável turno no qual o seguidor de custo 8 garante mesas quase impossíveis de se lidar.

Todas as unidades presentes no deck trazem algum tipo de utilidade para facilitar a vitória que normalmente vêm próxima ao turno 8, mas algumas valem o destaque como responsáveis pela viabilidade da estratégia:

Elise

Apesar de serem raras as partidas em que a campeã passa de nível, ela também é uma das principais estrelas da lista, tendo 2/3 como atributos e criando uma unidade ao atacar.

A rainha aranha é uma das principais responsáveis pelo sucesso da lista em partidas contra estratégias mais agressivas. Outra vantagem: não é incomum sobrar ao menos uma unidade gerada por Elise até o turno do Vigia das Tribos, trazendo assim uma contribuição para a condição de vitória além de seu subtipo.

As aranhas criadas também tornam muito consistente a ativação do Sauriano Glacial, até mesmo em partidas com alta presença de remoções e interações por parte do oponente. O feitiço de Elise também contribui para essa proposta.

Gnar

A compra trazida pelo Graveto Pontudo e consequente aumento da consistência da lista é talvez a razão mais óbvia pela qual o Yordle pré-histórico se destaca, porém, outro motivo também o torna merecedor de menção: Gnar habilita vitórias não usuais da lista, pois o Sobrepujar e Vulnerável propiciados pelo seu nível 2 permitem boas trocas e facilitam que ele e as outras unidades com Sobrepujar consigam passar pequenos danos ao longo da partida.

Com isso, temos jogos nos quais é possível até mesmo vencer a partida sem o Vigia das Tribos, finalizando o Nexus adversário utilizando Atrocidade. Outra alternativa é uma combinação de Sobrepujar com Sepultamento ou Safanão de Gnar.

A principal estrela do deck, o Vigia das Tribos vem ganhando cada vez mais popularidade nos últimos dias, tanto que não há muito o que falar sobre sua mecânica - se ela está em sua mão e você possuí unidades na mesa, normalmente será uma boa ideia jogá-la.

Um dos principais motivos do sucesso do seguidor se deve ao fato de que os principais decks Controles desse meta são de Targon, região boa em remover ou silenciar uma única unidade muito grande, mas que não possui boas formas de limpar uma mesa cheia delas, dando uma brecha para o seguidor ter seu momento destaque.

Fortalecida na última atualização, Lobo das Glacipresas agora possui um bom corpo para a sua curva, além da utilidade do Desafiador. O efeito de remover unidades com zero de poder tem boa sinergia com as interações de Congelamento e remoção de ataque trazidas pela lista - mas, ademais, o Lobo das Glacipresas se beneficia muito da prevalência no meta de unidades Formidáveis, sendo capaz de remover até mesmo o Galio caso não seja lidado rapidamente. Portanto, acredito que seja uma excelente uma unidade no momento.

Além disso, o Desafiador da unidade pode ser utilizado de forma inteligente para impedir desenvolvimentos chave na sua curva, como o caso de Draven, Aphelios e Miss Fortune. Por consequência, irá atrasar o plano de jogo do oponente, aumentando as chances da partida ser alongada até o turno do Vigia das Tribos.

Como mencionado anteriormente, o Sauriano Glacial é outra carta beneficiada pelo balanceamento - perdeu um de vida, porém ganhou a palavra-chave Sobrepujar, o que tornou a carta muito mais poderosa, sendo utilizada em Jax Ornn e Darius Gnar, mostrando o potencial que ganhou.

No deck de Elise Gnar, é mais uma forma de evasão no deck, e também oferece a função de reciclar a mão, como uma forma de comprar cartas, e de uma maneira muito sinérgica com o deck - afinal de contas, tudo tem um subtipo.

O que gosto nesse deck é que temos várias cartas que por si só jã são consideradas cartas sólidas, contribuindo para uma maior consistência da lista. O Yeti Ancestral é uma das dessas cartas, afinal, sempre esteve presente em decks metas de Freljord que trabalham com a ideia de Sobrepujar.

Falando em Sobrepujar, ele é mais uma evasão para ajudar na finalização, e é mais uma tag, a tag Yeti - arrisco dizer que é a melhor carta da tag. Outra vantagem do Yeti Ancestral é sua habilidade de reduzir seu custo, oferecendo a possibilidade de desenvolver uma carta com bastante status por um custo baixo, e ainda por cima pode ser que seja atingida pelos buffs que o baralho roda.

É claro que, ao olhar a nossa menina da forja, você pode imaginar que ela está presente só pela tag. Porém, a Ferreira Inovadora trabalha duas vertentes no deck. A primeira é sobre sua cura - mesmo que você cure apenas um de vida, é o suficiente para fazer a diferença em algumas matchs agressivas, ainda mais porque nessa lista você roda Banquete Cruel.

Sua outra utilidade é a palavra-chave que ela oferece a partir do Improvisar, podendo até mesmo pegar um Sobrepujar para você conseguir mais uma forma de evasão!

Algo importante para entender sobre os feitiços dessa lista é a importância de limitar ao máximo possível opções baratas. Isto se deve a grande importância da lista em desenvolver suas unidades-chave o mais rápido possível e assim garantir o máximo de valor do Vigia das Tribos, tornando assim a mana de feitiço um pouco escassa. Por essa razão, feitiços como Vingança foram deixados de lado.

Uma das grandes vantagens dessa versão em relação a outros decks com o Vigia das Tribos se deve a esta carta.

Existem partidas nas quais o seguidor no turno 8 não é capaz de finalizar o jogo imediatamente, tornando o jogador suscetível a tomar alguma espécie de combo ou dano por feitiços, ou Elusivos. Atrocidade garante uma janela de vitória até mesmo em situações como essa, normalmente causando cerca de 10 de dano ao Nexus inimigo.

Misticismo Selvagem é muito interessante, pois além de oferecer vantagem de mana vazia contra seu oponente, - podendo antecipar o turno do Vigia das Tribos - também oferece um corpo 2/2 que tem Sobrepujar: o Místico Selvagem.

Sendo assim, é também uma unidade que você quer que seja buffada pelo Vigia das Tribos, se tornando mais uma opção de evasão e mais pressão no board para um letal. Com base nisso, usar a carta no turno 6 é forte, afinal, na volta você vai combar com o Vigia das Tribos descendo na 7.

Conjunto de Congelamentos e Remoções

Os Congelamentos, buffs e remoções baratas tem um grande impacto para essa lista.

A proposta é conseguir desenvolver e proteger suas unidades que habilitam o Vigia das Tribos ao mesmo tempo em que lida com alvos chave da mesa adversária.

A Colheita de Almas, especificamente, se destaca por ameaçar, sem a necessidade de um Congelamento, unidades importantes do meta, como Balen, o benevolente e o Vidente da Montanha.

Temos o Banquete Cruel, que serve como uma ferramenta poderosa contra Aggro - e, além de cura, oferece um bloqueador e uma unidade para condição do Vigia das Tribos. Não podemos esquecer que é mais uma maneira de jogar contra Targon, já que é uma maneira de matar Zoe.

Esse é um deck que valoriza bastante sua curva, então manter unidades baratas na mão inicial é bastante recomendável. O Yeti Ancestral também é sempre mantido para valorizar seu efeito.

Em confrontos mais lentos ou quando a curva inicial e cartas importantes para o confronto já estão presentes, é possível ficar com o Vigia das Tribos e Misticismo Selvagem para garantir que sua condição de vitória será jogada o quanto antes. O confronto contra Celestiais é provavelmente o mais comum no qual essa decisão pode ser tomada.

Algumas cartas também podem ser mantidas contra listas específicas: contra decks agressivos, por exemplo, cartas como Ferreira inovadora, Banquete Cruel e Aço Quebradiço possuem grande valor.

Decks de Formidável tornam Colheita de Almas uma ótima escolha para a mão inicial. Já decks com alto potencial de remover unidades valorizam o Cântico dos Trolls, e nessa linha é importante mencionar que Gnar e Sauriano Glacial dão ao jogador a oportunidade de defender suas unidades e recarregar a mão.

A postura de jogo desse deck no inicial da partida é desenvolver a sua curva, prestando atenção para tentar ao máximo manter mana de feitiço o suficiente para conseguir defender unidades importantes e responder ameaças do adversário. Já na transição do meio ao fim de partida, é interessante buscar janelas de passar dano com suas unidades e/ou fazer boas trocas, tendo sempre cuidado para não entregar uma quantidade substancial de sua mesa, para não arriscar desvalorizar seu Vigia das tribos.

Celestiais

Essa lista tem boas ferramentas para lidar contra as populares listas de Targon presentes no meta. Unidades como Elise e Yeti Ancestral conseguem muitas vezes entrar em turnos nos quais é bastante difícil lidar com ambos, permitindo a você colocar pressão muito antes do turno do Vigia das Tribos. O deck também conta com Desafiadores e remoções capazes de lidar com unidades como Zoe, Vidente da Montanha e Aphelios, podendo atrapalhar a lista de desenvolver seu plano.

No final do jogo, Targon não possui boas respostas para o turno do Vigia das Tribos, e mesmo quando consegue sobreviver devido à presença de unidades com Roubo de Vida ou Celestiais com vida alta, dificilmente conseguem resistir a uma Atrocidade no turno seguinte. Três Irmãs é capaz de Congelar ou sepultar grande parte das condições de vitória do deck, dando mais tempo para preparar um campo amplo quando necessário.

Fiora Galio

Essa lista, além de possuir uma grande quantidade de unidades alvejáveis por Colheita de Almas que podem morrer para o Lobo das Glacipresas, possui dificuldade de fechar o jogo contra Gnar Elise, pois seus finalizadores, como Galio e A Força dos Campeões, não tem o mesmo impacto contra uma mesa fortalecida pelo Vigia das Tribos. Além disso, o começo de jogo da Elise com Assustador (ou você tirar a arma de Assustador com a Ferreira Inovadora) vai dificultar muito a vida do jogador de Fiora Galio.

Akshan Samira

Embora seja possível vencer a partida, este é um confronto consideravelmente difícil de ser pilotado, pois, apesar de ferramentas como Aço quebradiço e Cântico dos Trolls poderem responder às jogadas agressivas do deck, este oponente também possui muitos buffs capazes de salvar suas unidades e, uma vez que os campeões crescem, dificilmente suas ferramentas conseguem pará-los.

Trundle Sett

Consideravelmente mais desfavorável do que Akshan Samira, a lista de Ionia e Freljord possui muitas ferramentas para lidar com o plano de jogo de Gnar Elise, sendo capaz de Atordoar e Retornar suas unidades com Sobrepujar, ao mesmo tempo que possui mais ferramentas de ramp do que você, levando o plano de jogo dele a acontecer mais rápido que o Vigia das Tribos.

Para piorar ainda mais as coisas, ele tem não uma, mas duas formas de responder uma mesa cheia de ameaças grandes, podendo utilizar Clausura Gélida e até mesmo do Veterano.

Gnar Elise é um deck que está muito bem posicionado no meta do próximo Runeterra Open e espero que esse artigo tenha elucidado os leitores a melhor entendê-lo. Ele tem um plano de jogo simples, mas que permite versatilidade no planejamento de turnos e por isso acredito que ele pode agradar jogadores de diversos estilos.

Até o próximo!