Por que Zilean, Lux e Braum foram Rotacionados, entrevista com DEVs e +

Nesta sexta-feira, 7 de abril de 2023, Os desenvolvedores de Legends of Runeterra, Frank Skarren e David Smith deram uma entrevista na qual falaram mais sobre a recente Rotação do jogo, que foi recebida com muitas críticas pela comunidade. Na entrevista, foram revelados alguns assuntos como por que cartas específicas foram rotacionadas, além de detalhes sobre quais eram os critérios para as escolhas, juntamente com notícias sobre o que podemos esperar para o formato Eternal tanto competitivamente quanto casualmente no futuro.

O objetivo dessas entrevistas recentes e conversas sobre rotação da Riot foi facilitar a transição para os jogadores que estão enfrentando uma grande quantidade de cartas sendo removidas e também aliviar algumas das preocupações da comunidade em relação ao equilíbrio e patches futuros. As perguntas feitas foram retiradas das mídias sociais.

Sem mais delongas, vamos dar uma olhada em uma recapitulação completa da entrevista:

Para esta pergunta, Smith e Skarren mencionaram que certos pacotes como Reputation and Recall foram cuidadosamente inspecionados para determinar quais cartas seriam mantidas e quais seriam rotacionadas. Em vários casos, eles descobriram que o campeão não dependia completamente de seu pacote original, como nas cartas que foram lançadas junto com eles, e eles sentiram que poderiam se manter sem depender muito das cartas que foram rotacionadas. Algumas das cartas também não estavam sendo jogadas em nenhum lugar, nem mesmo com seu próprio campeão de suporte.

"Leblanc, como podemos ver agora, tem sido um grande caso de sucesso", disse Skarren.

Além disso, eles também pretendiam criar uma classificação regional melhor e manter as identidades regionais quando rotacionaram essas cartas, principalmente para Bandlecity, que estava recebendo um pouco de tudo e precisava ser controlada.

Mas eles confirmaram que deixar o campeão "sozinho" definitivamente não era o objetivo dessas mudanças.

Um ponto de discussão na comunidade recentemente, a identidade da região foi um ponto-chave da Rotação, disse a dupla. Com o passar dos anos, muitas identidades de região começaram a se confundir com o lançamento de campeões e, embora campeões possam dobrar identidades até certo ponto, algumas regiões precisavam ser corrigidas e ter suas identidades enfatizadas.

Alguns desses casos foram Shadow Isles e Piltover & Zaun. Shadow Isles, de acordo com Smith, era um pouco poderoso demais dentro do arquétipo Aggro, particularmente em seu pacote básico de Foundations, e eles descobriram que a melhor opção era remover unidades com Fearsome para retirar um pouco do poder bruto esta região representou para uma opção Aggro.

"Tivemos que recuar o máximo possível naquele pacote Aggro, para que pudéssemos deixar o Aggro para outras regiões que eram melhores para isto."

Caustic Riff também foi citado como uma das identidades que eles queriam manter para Piltover&Zaun. Embora o card tenha enfrentado severas críticas ultimamente devido à sua popularidade como uma opção de limpar a board, sempre foi pensado para ser uma identidade de Piltover&Zaun, afirmam eles, e cartas como Rocket Barrage, lançadas há vários meses, refletem isso.

Ceaseless Sentry é outro exemplo dado para esta correção na identidade de região. A maioria das ferramentas iniciais de Freljord para acumular valor foram retiradas e, neste caso, a mudança foi feita para dar esse tipo de ferramenta às Ilhas das Sombras.

Dessa forma, eles esperam incentivar uma abordagem "misturar e combinar" para a construção de decks em relação às regiões, de modo que se torne uma experiência muito mais variada para os jogadores.

No entanto, eles mencionaram ambos Caustic Riff e Rocket Barrage estão sendo considerados para mudanças futuras no Patch 4.4.

A maior parte do pacote Invoke inicial de Targon foi rotacionado com o Patch 4.3. Cartas como The Fangs, Zoe e Mountain Scryer. A razão para essa mudança também estava enraizada na Identidade da Região, disse Skarren.

"Targon como região deveria ter um início de jogo genericamente mais fraco para preparar seu grande jogo final explosivo.", Skarren mencionou.

Mas esse não foi o caso do pacote menor do Invoke, pois cartas como The Serpent poderiam dominar os primeiros turnos e dominar aquela fase do jogo. Eles continuaram dizendo que Targon deveria ter uma identidade sólida de "buff forte ", mas que isso foi ofuscado pelo pacote de equipamentos.

Campeões como Kayle e Pantheon definitivamente tem aquela sensação de "bola de neve", mas grande parte da identidade desta região foi minimizada para ser outra opção de Midrange, com campeões como Leona se tornando opções de beatdown em decks como Samira Leona ou Kayle Leona.

Há também alguma preocupação em rotacionar essas pequenas cartas de Invocar, pois outras cartas Celestiais que têm a mecânica Behold podem ser prejudicadas por esse movimento. Finalmente, eles reconheceram que grandes unidades Celestiais também não deveriam ser tudo o que existe no jogo tardio de Targon.

Ainda há esperança para Targon, no entanto, como a dupla mencionou, eles estão de olho na região para um equilíbrio futuro para ajustá-la melhor para se adequar à identidade da região, além de novas cartas em andamento para atingir esse objetivo como bem no futuro.

Embora apenas Noxus, Ionia e Bilgewater tivessem novos lançamentos para o set Glory In Navori, lançado recentemente em 31 de março, os desenvolvedores de Legends of Runeterra responderam que tentaram dar a cada região cartas "meta-impactantes", como Blocking Badgerbear, Form Up! e Flashbomb Peddler para mitigar o domínio da região com novos lançamentos e também preencher alguns pontos deixados pela rotação.

"Estes não são tão chamativos ou emocionantes quanto os campeões, mas, esperamos, são cartas super sólidas que podem dar a essas regiões as ferramentas de que precisam para competir.", disse Skarren.

Além disso, eles mencionaram que novos sets sempre criariam holofotes para as regiões que receberam novos cards, mas que se a disparidade no domínio da região chegasse a um ponto de ebulição, eles resolveriam isso em patches de balanceamento ou expansões futuras.

Lux

O caso de Lux teve muito a ver com a identidade da região, mais uma vez, afirmou a dupla.

"Lux é uma campeã de feitiços em uma região sem feitiços., Smith afirmou.

Como tal, ela também era frustrante de jogar, já que uma região que poderia ter ferramentas de combate poderosas também poderia ter, com ela, uma remoção e finalização baseada em feitiço. Os jogadores podem ter sentido que não podiam fazer nada para parar este campeão.

Dizia-se que as regiões podiam dobrar suas opções de estratégia, mas "nunca deveriam ser a melhor opção para essa estratégia", então cartas como Sunk Cost existem para forçar os jogadores a sair dessa região quando procuram estratégias diferentes, mais uma vez incentivando o aspecto "misturar e combinar" de Legends of Runeterra.

Braum

Braum é um caso meio triste.

"É difícil encontrar um ponto de equilíbrio adequado para Braum no Standard, honestamente.", disse Smith.

Os jogadores veteranos vão se lembrar da ameaça criada por um Braum 1/6 no primeiro ano de Legends of Runeterra, que foi devidamente eliminado por meio de um Hotfix no mesmo mês em que foi aprimorado.

Eles também acrescentaram que ele pode ser experimentado no Eternal para tentar encontrar esse equilíbrio, mas talvez ele esteja " vivendo sua melhor vida " lá por um longo tempo antes de atingir maturidade suficiente para o Standard.

Zilean

A principal razão para este Campeão rotacionar foi limitar o espaço de design.

"Muitas vezes estávamos projetando cartas que puxariam landmarks ou cartas específicas de tutor em seu baralho, e teríamos que olhar para Zilean para ver como isso o afetaria." Skarren mencionou.

Além disso, eles encontraram um dos problemas mais comuns de Zilean em emparelhamentos, Ekko poderia ficar bem sem ele, e o único deck real jogado no Standard com Zilean era Time Bomb printer, então eles não sentiram que estavam removendo uma estratégia central ao trocar este campeão.

A resposta curta é: sim.

Julian "Zeronena" Harris Johnson fez uma aparição surpresa na entrevista para dizer que estão trabalhando em recursos para o formato Eternal e que devem vir em breve, se não no próximo patch, 4.4, então no próximo.

Em relação ao mês em que haverá um torneio Eternal Open, ele também confirmou que deve haver Eternal Gauntlets para ajudar a preparar os jogadores para o circuito competitivo, e esses Gauntlets também devem retornar pelo terceiro mês do Ciclo do Set Legends of Runeterra, que terá ladder ranqueada de Eternal.

A resposta curta é não.

Smith continuou dizendo que esta é uma decisão baseada na frustração do jogador, bem como em sua filosofia de design, na qual eles tentam se equilibrar antes de rotacionar. Ter a possibilidade de qualquer carta ser rotacionada a qualquer momento não é algo que eles planejam infligir aos jogadores.

A razão para rotacionar a maioria das cartas de Allegiance era incentivar os jogadores a misturar e combinar mais, disse a dupla. Há também a frustração de acertar/errar o Allegiance tanto para os jogadores que jogam o Allegiance quanto para os que jogam contra ele, já que a mecânica costumava reverter jogos.

"Uma das melhores coisas sobre LoR é que é um jogo multirregional e você pode misturar e combinar.", afirmou Skarren.

Então, no geral, não parece ser um arquétipo interessante para eles no momento.

Um dos principais desafios ao escolher cartas para rotacionar foi o pacote Plunder por causa de como funcionava com Samira, afirmou Smith. Warning Shot em um ponto foi rotacionado, porque a maioria dos feitiços de custo 0 foram, e então foi trazido de volta por causa do novo campeão noxiano.

Outras decisões também foram emocionalmente dolorosas:

"Está claro que Zoe não é uma boa combinação para as opções da região, mas eu amo Zoe, assim como você."

Nesta resposta, eles também deram algumas dicas sobre os cards mais novos, como o Darkin, pois afirmaram que a maior parte do pacote recente de um ano até agora não foi rotacionado porque não estava originalmente no plano. Eles queriam garantir que cards adquiridos recentemente não fossem tocados, a menos que fosse absolutamente necessário, pois preferiam equilibrar antes de rotacionar, nesses casos.

Yuumi, assim como LeBlanc e Kennen, ao que parece, funcionou perfeitamente bem sem o pacote dela.

Ao se deparar com a escolha de rotacionar um design que havia sido particularmente problemático no passado, a equipe de desenvolvimento de Legends of Runeterra não hesitou em cortar a mecânica Attach. Certas palavras-chave que essas cartas concediam, como Elusive e Double Attack, tornaram-se cada vez mais problemáticas de uma forma que precisariam de mais tempo e reflexão para equilibrar, algo que somente o Eternal poderia fornecer.

Quanto à comparação com os Equipamentos, a equipe não nega que Attach os ensinou muito sobre esse tipo de mecânica quando passaram a projetar os Equipamentos:

"Attach estava terminando quando estávamos entrando nas ervas daninhas dos equipamentos, e acabamos de aplicá-lo diretamente."

Também parecia "estranho" ter ambas as mecânicas no Padrão, pois poderia criar confusão sobre como elas funcionavam umas com as outras e devido a suas semelhanças.

Você pode conferir a entrevista completa aqui:

Mais informações sobre a Rotação podem ser encontrados aqui, aqui, e aqui.