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Runeterra Open: Como cheguei ao Top 16 usando Aatrox Sentina

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Nesse artigo, contarei a minha história, de como cheguei no top16 do torneio Runeterra Open dos dias 15 e 16 de abril, com uma lista de Xolaani, além do processo até decifrar o meta e chegar na conclusão de o porquê fazia sentido levar 3 decks super diferentes para o torneio.

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Introdução

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Desde abril de 2020, eu, Total, estou envolvido com o competitivo de Legends of Runeterra. Criei vários torneios de comunidade, narrei 12 torneios Sazonais e dois Mundiais! Mas eu nunca tinha jogado um torneio oficial da Riot Games de LoR.

Recentemente, venho me dedicando muito a jogar o competitivo, visto que as transmissões oficiais já não existem mais, e eu nunca pude jogar nenhum torneio Sazonal, pois fazia parte da bancada de narração.

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Pois bem, embarquei em uma jornada de destrinchar o meta com o único objetivo: ganhar o melhor cosmético exclusivo do jogo, a skin de tabuleiro "Pináculo da Glória".

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E para isso eu precisaria vencer 9 partidas seguidas, me classificar para o top 64, e ganhar pelo menos mais dois jogos. E eu consegui.

Essa é a história da lineup que me levou até o top 16 do Runeterra Open.

O Começo de Tudo

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Esse ano, eu comecei com o pé esquerdo. Logo em janeiro acabei não participando da última transmissão do Torneio Sazonal, e, logo após, toda a comunidade recebeu o aviso de que o mesmo não teria continuidade. Ainda não se sabia sobre o Runeterra Open e toda a temporada competitiva nova do Runeterra, então minha carreira como Narrador profissional de LoR, ao que parecia, tinha acabado ali.

Mesmo assim, eu nunca desisti de criar conteúdo para Runeterra. E nessa nova temporada pós-rotação, estou com um objetivo novo em mente: virar um jogador de Elite dentro da comunidade.

O primeiro passo foi pegar Mestre - minha campanha para o mestre foi de Gwen Demacia, um deck muito forte no meta atual; recomendo a você ler meu artigo sobre minha jornada até o Mestrelink outside website com essa lista.

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Logo após, comecei a participar de todos os torneios de comunidade possíveis. As premiações me ajudaram a bancar o Passe de Batalha dessa temporada, e também patrocinaram umas skinzinhas maneiras.

Porém, o mais importante de tudo foi o aprendizado que tive durante esse processo caótico de jogar torneios. Minha gameplay melhorou drasticamente e meu conhecimento sobre o jogo nunca foi tão grande. Me senti preparado para enfrentar o meu maior desafio: as Rodadas abertas do Runeterra Open.

Decifrando o Meta - como criei minha Lineup

Nos torneios, eu estava jogando com listas Midrange, Gwen Demacia e também Udyr e Galio. Minha estratégia sempre foi: tomar uma lista do meta de refém, levando 3 decks que ganham desse deck específico.

Sendo assim, mesmo que o meu oponente vença uma partida, ele é incapaz de ganhar a Md3, pois ele não conseguirá ganhar da minha lineup com a lista dele que estou focando. No caso, a lista focada sempre foi Sett e Karma.

Porém, eu descobri que é muito mais fácil criar uma lineup que vence de Sett Karma e, ao mesmo tempo, vence de muitos outros decks do meta, do que banir o deck de Controle de Ionia. Isso porque existe um problema do meta atual: Ashe e LeBlanc

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Cheguei nessa conclusão porque Ashe LeBlanc é um deck muito mais sólido e com melhores matchups que Karma Sett. Ou seja: as Matchups ruins que a lista de Noxus tem ainda são jogos acirrados, que orbitam 50% de taxa de vitória para a lista. E matchups péssimas para Ashe LeBlanc são muito difíceis de encaixar em uma lineup competitiva.

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Estamos falando de decks de controle com Gnar Norra ou Caitlyn com Noxus, que basicamente só ganham de Ashe LeBlanc e Leona Noxus. O resto do meta simplesmente amassa essas listas de Noxus-Control.

Por isso Banir Ashe LeBlanc é muito mais viável do que banir Karma Sett.

O desafio foi descobrir 3 listas que perdem para Ashe LeBlanc, mas ganham de praticamente 90% do resto do meta, incluindo Karma Sett.

Então cheguei em uma conclusão 3 horas antes de começar o Runeterra Open. Esses são os meus três decks:

Lineup top 16 Runeterra Open - Xolaani e Noxus

Leona Diana - Sacrificando consistência pelo bem maior

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Essa lista é uma releitura já bastante clássica do arquétipo de Leona Noxus. Normalmente, esse deck leva a campeã Samira, mas eu resolvi realocá-la para outra lista que falaremos adiante. Isso aconteceu, pois se fez necessário ter o arquétipo de Amanhecer fazendo par com uma outra lista de Noxus na lineup, que também vence de Karma Sett.

E para maximizar minhas chances de vitória, descobri que estatisticamente Varus Samira (a minha segunda lista), é uma opção muito sólida para o meta, pois se trata de um deck emergente não muito conhecido, e que tem matchups muito boas.

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Tirar a Samira dessa lista é uma faca de dois gumes. Você está perdendo consistência e pressão de início de jogo para desviar o Ban para outra lista da sua lineup, para assim você conseguir jogar de Amanhecer.

Porém, você ganha muitos pontos no fator psicológico durante a partida. Além de se tratar de um formato de listas fechadas, ou seja, você não tem acesso ao que tem dentro do deck do seu oponente, os adversários nas rodadas abertas normalmente não jogam em torno de Diana, que nessa lista, faz seu papel de uma maneira mediana, o que a Samira faz também.

Julguei que a Diana era uma aposta boa para as rodadas abertas por causa disso, e deu muito certo.

Mesmo assim, essa lista foi a que pior performou das três, porém isso já era esperado por mim, sabendo que muitos jogadores optam por focar Leona Noxus e trazer boas listas contra o arquétipo.

Durante o dia 1, sofri muito contra listas de controle de Piltover que levam Hexbliterador, por isso, para o dia 2, optei adicionar uma Xolaani, A Tecelã de Sangue e um Bastião, levando em consideração que essas duas cartas são extremamente fortes contra Piltover, em geral.

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A Darkin de Targon acabou não fazendo muita diferença durante o torneio, pois acabei não precisando dela, ou nem mesmo comprei a unidade na maioria dos jogos. Por isso não a recomendo tanto assim, diferente do Bastião, que foi muito impactante em diversos jogos.

Samira Varus Riven - O deck mais forte da composição?

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Esse deck é um arquétipo emergente no meta. Ou seja, não é tão famoso assim, por ser bastante difícil e por ser uma ideia relativamente nova, e também por jogadores preferirem a campeã Samira fazendo par com Leona ou Fizz.

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Sabendo disso, e sabendo também que essa lista possui uma taxa de vitória incrivelmente boa contra grande maioria do meta, incluindo Karma Sett, decidi que esse deck deveria fazer parte da lineup.

Essa lista joga de uma maneira muito dinâmica, cheia de truques e condições de vitória. Porém, das 13 melhores de 3 que joguei no final de semana do Runeterra Open, eu apenas joguei 1 partida com esse deck. Em todas as outras Melhores de 3 essa lista foi banida. E era exatamente isso que eu queria.

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O deck servia para ser alvo de banimento, para permitir que eu jogue com a lista de Amanhecer de Leona Noxus. E realmente, o deck fez o seu trabalho. Na verdade, durante os jogos eu até torcia para que esse deck fosse banido, pois das 3 listas essa era a que eu tinha menos treinado.

Xolaani Aatrox, Águas de Sentina - A cereja em cima do bolo

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2 dias antes do torneio eu me deparei com esse deck, porém não dei muita bola. Até 3 horas antes do início do primeiro dia do Runeterra Open, eu estava quase fechando a lineup com Ashe LeBlanc.

Porém, eu tinha muito receio de jogar com essa lista, pois acreditava que seria bastante focada. Então, após cair contra o deck de Aatrox Xolaani, A Tecelã de Sangue, 3 horas antes do torneio, eu me apaixonei pela lista.

Esse deck joga de uma maneira muito parecida com o antigo e clássico Endure Spiders, que foi um arquétipo durante o período do beta que ajudei a criar e popularizar na comunidade Brasileira. Então, logo de cara me adaptei muito rápido a gameplay.

Dei uma checada rápida nas estatísticas da lista: joguei 4 jogos, e decidi: Esse deck é incrivelmente quebrado para uma lineup de torneio!

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Dito e feito, essa lista foi a que melhor performou dos três decks. Por dois motivos: a grande maioria dos jogadores não sabia sobre o que se tratava o deck, e nunca tinha jogado contra e nem mesmo visto a lista rodar. E, porque o deck realmente é muito forte, pois a lista consegue abordar conceitos de condição de vitória novos usando a Xolaani, A Ruína dos Aspectos, pareando essa unidade com cartas que são comuns no meta atual.

O deck basicamente joga muitas unidades de custo 1: você deve equipar essas unidades ou buffar os atributos de ataque delas, e atacar sem dó. Seu oponente não terá outra opção a não ser remover os seus seguidores - porém, ao fazer isso, você estará acumulando atributos para a sua Xolaani e logo mais jogará ela em campo 20/20 e até mais. Só existe um arquétipo que lida com esse tipo de estratégia: Controle Ilha das Sombras.

Na verdade, a região de Ilhas era uma grande preocupação para mim, levando em consideração que nenhum dos meus decks se saía bem contra listas de controle desta região.

Durante as rodadas abertas eu perdi apenas uma Md3, e foi contra uma lineup de Ashe LeBlanc e dois decks de controle de Ilhas das Sombras.

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Card Gamer, o Vencedor do torneio, teve a mesma ideia que eu

Na partida de número 3 do segundo dia, valendo vaga para as quartas de final, eu caio contra o Card Gamer, que depois se consagrou campeão da competição.

O Card Gamer levou uma lineup muito parecida da minha, com ideias muito mais otimizadas, e livre de preconceitos e inseguranças que eu tinha com decks do meta, como foi o caso de Vayne Aatrox.

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A lista de Leona Noxus dele era muito mais otimizada e preparada para jogar contra decks Midrange, ao contrário da minha que estava se preparando para listas de Controle como Sett Karma e Jack Seraphine. Por isso tive que banir esse deck, mesmo sabendo que provavelmente não ganharia da lista de Samira Varus dele, e eu teria que vencer duas vezes contra Vayne.

De fato isso aconteceu, perdi para Varus, porém tive um jogo muito infeliz com contra Vayne logo na sequência e acabei levando um 2-0.

A preparação do Card Gamer para o torneio foi impecável. Acho que eu sozinho consegui decifrar o meta do torneio muito bem, porém ele foi muito além. E levou de maneira mais que merecida o troféu. Ainda por cima jogou a final contra o único bi-campeão do torneio sazonal e prodígio de Runeterra: FloppyMudkip.

A final foi composta por dois jogadores que participam do mesmo time, os dois levaram os mesmos decks, e chegaram nessa conclusão juntos.

Seguem as 3 listas ganhadoras do Torneio usadas por Card Gamer e FloppyMudkip.

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Conclusão

Estou extremamente orgulhoso da minha performance no Runeterra Open, e que essa seja a minha primeira conquista de muitas na minha nova jornada competitiva. No final, consegui o que eu tanto queria: o Tabuleiro Pináculo da Glória!

Podem ter certeza que sempre que algo de novo no meta aparecer, e sempre que o competitivo der aquela mudada, documentarei tudo aqui no site por meio dos artigos.

Se você gostou do conteúdo do artigo, não se esqueça de comentar e compartilhar nas redes sociais! Até a próxima!