Espírito Inflexível e roubo de cartas deveriam ser nerfados?

Bom dia, pessoal!

Como tivemos muitos deck techs em sequência, decidi mostrar minha opinião sobre um tema que tem dado o que falar. Espírito Inflexível e a mecânica de roubo de cartas estão ambas na watchlist e muitos jogadores acreditam que já deveriam ter sido nerfadas.

Como podem ver, ele deixa um aliado praticamente indestrutível, uma vez que poucas cartas no jogo podem responder de forma eficiente a essa habilidade. Abaixo três das poucas cartas que podem resolver uma unidade com Espírito Inflexível de forma eficiente.

Retornar a unidade para a mão é uma maneira muito eficiente, uma vez que ao ser retornada a unidade perde a habilidade de não poder morrer. Purificar também é uma ótima solução, mas o problema é que não pode ser utilizado em campeões, então não conseguirá resolver o Espírito Inflexível nos seus principais casos, Fiora e Lux. Por último temos o terror dos Imortais, o peixão que oblitera. Obliterar é uma habilidade análoga ao "exilar" de outros cardgames, sua unidade não morre, ela simplesmente é removida de jogo. Como ser obliterado é diferente de morrer, o peixe é uma das melhores soluções.

O grande problema é que, em todo o jogo, temos poucas cartas que podem responder de forma eficiente ao Espírito Inflexível utilizado em campeões. Além de tudo, ambas vão para a pilha, então podem ainda ser anuladas. Claro que você pode tentar ganhar de outras formas, contornar a situação sem ter que lidar com a unidade "indestrutível", mas não considero isso uma maneira eficiente de resolver a situação.

O nerf que mais vejo sendo pedido é para que tornassem ela uma mágica rápida. Sinceramente, não acho adequado, apesar de parecer quando pensamos pela primeira vez. Reanalisando a situação, custando 8 manas, ela seria uma mágica que consumiria um turno inteiro (ou quase) e poderia ser respondida por uma quantidade incontável de cartas de até mesmo 3 de custo. Remoções de custo baixo, Negação e todas as citadas acima resolveriam o problema. Ter um turno perdido, pois seus adversários guardariam remoções e anulações para quando a utilizasse, me parece bem fraco. Acho que isso a tiraria do cenário competitivo atual e por isso que optaram por não fazer.

Outra opção seria aumentar seu custo. Acho que isso é um pouco mais complexo e não mudaria tanta coisa, apenas deixaria o design ainda mais esquisito. Lembro que muitas vezes ela é utilizada quando o jogador já possui mais de 8 manas disponíveis. Não seria um nerf injusto, mas o design da carta começaria a perder sentido e o ajuste de custo pareceria uma gambiarra da Riot para não assumir que criou uma habilidade desbalanceada.

Na minha opinião, com o passar do tempo e lançamento de mais coleções, eles devem criar mais cartas que possam contornar a situação de uma unidade que não pode morrer, enfraquecendo o Espírito Inflexível por tabela. Seria uma estratégia eficiente para evitar o nerf.

Selecionei algumas cartas muito marcantes dessa mecânica, mas não tem muito o que dizer, giram em torno de comprar cartas do deck do adversário. É uma mecânica frustrante, pois é muito ruim perder para uma carta do seu próprio deck ou ter sua condição de vitória roubada pelo oponente. Acredito que a mecânica precisa de um nerf, mas não aumentar curto das cartas ou coisa do tipo. O principal problema da mecânica que muitas pessoas não comentam é que a partir do momento que você tem cartas roubadas, você terá que jogar em torno de cartas de dois baralhos, muitas vezes 4 regiões diferentes, enquanto seu adversário só deve se concentrar em jogar contra duas, contra o seu baralho. Além disso, o jogador que teve as cartas roubadas não sabe mais com que cartas do seu baralho pode contar, acabando com sua estatística e estratégia de jogo. Essa mecânica cria uma assimetria de informação muito grande e prejudicial ao jogo.

Minha sugestão seria que a mecânica de roubo de cartas revelasse as cartas compradas. Assim o adversário continuaria apenas tendo que jogar em torno de cartas do seu baralho, pois saberia quais você roubou e continuaria conseguindo fazer as contas de qual a melhor jogada de acordo com as cartas que ainda tem no baralho. É verdade que isso pode enfraquecer bastante a mecânica, mas não acredito que será o caso de tirá-la do competitivo.

Espero que tenham gostado de entender um pouco mais da minha opinião sobre esses temas bem polêmicos. Fiquem a vontade para acrescentar algo, questionar ou sugerir temas futuros.

Um abraço e até a próxima quinta!!