Introdução
Hoje falaremos sobre um fenômeno muito interessante que acontece no Runeterra, e que te impede muitas vezes de jogar com decks fortes do meta:
O fenômeno do “Deck bom com Taxa de Vitória Baixa”.
Historicamente isso acontece com bastante frequência, e muitos jogadores deixam de jogar com listas fortes por elas aparecerem com números baixos nos sites de estatísticas.
A lista escolhida de hoje é Profundezas, com atualmente 47% de taxa de vitória, sendo um dos melhores decks do formato.
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Explicando o Fenômeno
Quando você procura por listas em sites de estatísticas, normalmente você filtra só por “Melhor Taxa de Vitória” + “Nos últimos 2 dias/3 dias (dependendo do site)”.
Porém, é aconselhado que você também use, em conjunto desses dois filtros, outros muito importantes, que são:
- Elo
- Servidor
Olha como fica a taxa de vitória do deck no servidor americano, apenas com jogadores do Elo Mestre nos últimos 2 dias.
Agora comparemos com a taxa de vitória nos servidores europeu, e asiático, respectivamente, também só no elo Mestre nos últimos dois dias.
Perceba que é uma queda drástica na taxa de vitória nessas outras regiões. Isso acontece pois o meta nessas regiões é muito diferente. E os decks que tem matchup boa contra Profundezas, como Braum Gnar Dragão Ancião e decks de Hecarim são um pouco mais populares do que no servidor americano.
(Essas listas também são populares no servidor americano, mas nos outros há um registro um pouco maior de jogos com esses decks em específico, auxiliando na taxa de vitória baixa de profundezas nesses servidores.)
Porém, se você ver os melhores jogadores de Profundezas do servidor americano, a grande maioria deles tem mais de 60% de taxa de vitória:
Então surge a questão, “porque os melhores jogadores tem 60%+ de taxa de vitória, e a taxa de vitória do deck é relativamente baixa?”
Por que a taxa de vitória do deck é Baixa, mesmo com jogadores com 60%+ de taxa de vitória?
Isso pode ser explicado por 3 fenômenos. O primeiro é:
Jogadores inexperientes em busca de decks fortes.
Agora, na fila ranqueada, você pode copiar os decks do seu adversário no final da partida. E é bastante comum quando você perde, copiar o deck adversário que ganhou.
É provável que muitos jogadores quando perdem para Profundezas copiem o deck, mas quando forem jogar com ele, não são bem sucedidos, pois não possuem experiência com o arquétipo.
Lembrando que depois das decisões de acabar com o competitivo, o número de jogadores da fila ranqueada caiu drasticamente, e muitos jogadores veteranos pararam de jogar LoR. Hoje temos jogadores frequentes que são uma mistura muito homogênea de jogadores veteranos que ficaram, com jogadores novos que vieram para jogar a última expansão. E esses jogadores novos provavelmente nunca jogaram de Profundezas, apesar do arquétipo ser muito antigo. Isso pode auxiliar na taxa de vitória baixa do deck — o Jogador testa a lista, perde, e não joga com ela novamente.
Esse fenômeno acontecia com as listas de Ryze que sempre tinham 48% a 49% de taxa de vitória na fila ranqueada, mesmo sendo uma das melhores listas do jogo em âmbito competitivo.
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Segundo Fenômeno:
Deckbuilding
Profundezas é um arquétipo muito fechado que, se não for bem montado, você pode acabar perdendo muitas partidas por simplesmente não ter a carta que precisava na sua matchup.
Vejamos uma lista de Profundezas com 47% de taxa de vitória com 59 jogos nos últimos 1 dias, a mais popular de ontem, desde que esse artigo foi escrito (dia 13 de maio).
Agora vejamos o deck de Profundezas com a maior taxa de vitória do jogador “Rayleigh” do servidor americano com 69% de taxa de vitória:
Há uma clara diferença entre como ambas as listas são formadas. Megapresa só está presente com 1 cópia na lista de 47% de taxa de vitória, mesmo sendo uma das cartas mais importantes do arquétipo. Assim como temos a presença do monumento Docas da Matança nesse deck de 47%, mesmo sendo uma carta que claramente nunca foi muito forte para o arquétipo.
Essas pequenas mudanças fazem toda diferença na hora de jogar na fila ranqueada, com mais Megapresas a disposição do “Rayleigh” e com um pouco mais de compras de carta, e espaço para mais monstros marinhos em campo, ele tem uma taxa de vitória absurdamente maior que a lista de 47%.
Matchups Boas e Ruins Espalhadas de forma homogênea no meta
Se observarmos as matchups boas dessa lista, você pode perceber que o deck de Profundezas é forte contra grande maioria dos decks de Dragão Ancião.
Isso é uma ótima vantagem competitiva, já que quase metade da fila ranqueada são decks que levam Dragão Ancião.
O problema é que a outra metade do meta praticamente ganha da sua lista.
Sendo assim, podemos dizer que profundezas é um deck “counter” de Dragão Ancião, e a sua taxa de vitória está ligada diretamente na popularidade dessas listas na fila ranqueada.
Afinal profundezas é um, deck bom ou não?
Sim. Profundezas é uma lista muito boa, mas ela sofre com alguns problemas:
- É um deck difícil de pilotar caso você não tenha experiência com o arquétipo.
- É uma lista fechada que não dá espaço para cartas de baixo desempenho, você precisa usar sempre as melhores cartas no deck.
- É um deck que “Countera” o meta. Ou seja, se o meta virar, e decks de Dragão Ancião deixarem de ser populares, Profundezas também deixará de ser popular e forte no meta. Aproveite enquanto o deck ainda é bom.
Minha recomendação para quem quer subir de elo é jogar de Profundezas. Como grande maioria dos jogadores prefere subir de elo com listas de Dragão Ancião pela sua força, é provável que você caia contra muito desses decks na sua jornada. Na fila mestre -100 pontos, Profundezas tende a ser um deck um pouco pior, pois lá os jogadores tendem a testar decks não muito famosos na fila ranqueada, e isso tende a ser um pouco prejudicial para esse deck, pois ele é bastante punido por listas agressivas, em geral.
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Conclusão
Se você leu até aqui, muito obrigado, espero que tenha se divertido e gostado do conteúdo.
Não se esqueça de compartilhar esse artigo nas redes sociais. Até a próxima!
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